Cinara Ferreira


Correspondente

GLAUCILÂNDIA – Todos, de uma forma ou de outra, têm dentro si capacidade para desenvolver a arte, e é isso que tem acontecido neste município. Josina Marques da Silva, 47 anos, é dessas pessoas que já viajaram pelo mundo e retornaram a Glaucilândia, onde vive atualmente. É conhecida por Eni, e também pelas peças de artesanato feitas de várias formas e artefatos, como bonecas, tricô, crochê, flores feitas de meia calça colorida. Seu trabalho tem se estendido a peças íntimas, chapéus e outros objetos porque, como ela diz, de tudo sabe um pouco.

Há 19 anos Eni desenvolve trabalhos manuais que, segundo explica, se caracterizam como um divino, pois nunca fez qualquer curso. Ressalta que o que sabe fazer aprendeu apenas observando:

- Tudo que vejo e gosto, faço pra mim.

OBSERVAÇÃO

A artesã considera o trabalho que realiza uma prática de observação e fala que quando vai a uma loja, por exemplo, e vê uma boneca bisqüi ou outro tipo de amostra que a interessa e acha bonito, copia e cria de acordo com suas idéias.

- A maior dificuldade para que o trabalho artesanal cresça em Glaucilândia é a falta de capital para investir na produção, e o problema é que, ao vender as peças, o retorno não é imediato. Muitas pessoas que compram o produto demoram a pagar, então, fico sem capital para novo investimento – diz a artesã.

EXPOSIÇÕES

Seus trabalhos já foram expostos em eventos realizados na cidade, como na festa da Cultura popular em agosto do ano passado, numa exposição de artesanatos na Praça Gasparino Maia, e no I Encontro municipal da mulher, na E.M. Joaquim da Silva.

Além disso, já participou de cursos onde foi instrutora. Conta que tem várias encomendas e espera que, futuramente, esses trabalhos possam alcançar uma dimensão maior e serem vendidos para outras cidades.