Amams realiza reunião para propor fim da exploração no preço das passagens aéreas

Jornal O Norte
Publicado em 19/01/2006 às 11:42.Atualizado em 15/11/2021 às 08:28.

O DAC – Departamento de aviação civil estará reunido com as lideranças e entidades de classe do Norte de Minas no início de fevereiro, em Montes Claros, para discutir a concessão do transporte aéreo de passageiros para nova empresa, acabando com o monopólio existente atualmente praticado pela Total linhas aéreas. O major-brigadeiro Jorge Godinho Barreto Nery, diretor geral do DAC, aceitou convite da Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene e se reunirá no auditório da entidade, em Montes Claros. A expectativa é que o vice-presidente José Alencar, ministro da Defesa participe do evento, ele que foi acionado para resolver este assunto e pediu ao diretor geral do DAC para participar desta reunião.



MONOPÓLIO



Desde outubro de 20004 que o Norte de Minas voltou a enfrentar o sério problema do monopólio do transporte aéreo de passageiros, com a saída da Varig/Rio Sul/Nordeste e, desde então, entendimentos foram iniciados com a Gol linhas aéreas para ela colocar uma rota entre Montes Claros e Belo Horizonte. A Gol apresentou projeto no DAC para explorar a linha com passagens oscilando de R$ 99 a R$ 150, com o vôo São Paulo-Ribeirão Preto-Uberlândia-Belo Horizonte-Montes Claros. A aeronave sairia da capital mineira à meia noite e chegaria em Montes Claros aos 50 minutos e pernoitaria na cidade, saindo para fazer a viagem de volta às 5h30. O DAC indeferiu este pedido alegando que a rota estava esgotada na sua demanda de passageiros.



NORDESTE



Durante três décadas, o Norte de Minas foi atendido pela Nordeste linhas aéreas, do Grupo Varig com tarifas que chegaram a R$ 420. A Total linhas aéreas conseguiu, então, autorização para explorar a rota e começou cobrando passagem de R$ 150. Depois que ficou com o monopólio, ela fixou sua tarifa em R$ 330, o que irritou as lideranças e entidades de classe. Atualmente a empresa cobra sua passagem entre R$ 237 a R$ 316, dependendo do período da reserva. A Amams quer autorização do DAC para outra empresa entrar na luta pelos passageiros.



A proposta da entidade é que esta nova empresa faça seus vôos a partir do aeroporto de Confins, deixando a Total linhas aéreas atuando no aeroporto da Pampulha e com isto, dando condições de conexão com várias rotas nacionais e internacionais. Isto fortaleceria o projeto do Porto Seco de Montes Claros, permitindo que as indústrias da região escoem com mais facilidade a sua produção.



RECUO



O presidente da Amams, Valmir Morais de Sá entende que o DAC reverterá sua decisão anterior, pois com a precariedade das rodovias federais, os norte-mineiros utilizarão com prioridade este tipo de transporte.



Na reunião, a ser realizada no dia 29, deverão participar os presidentes e diretores das entidades de classe dos setores empresarial, rural e política, como Fiemg-Norte, ACI, CDL, Sociedade rural, Sindicato rural, Amams,  prefeitura de Montes Claros e câmara de Montes Claros.

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