Alexsandro Mesquita


Correspondente

Colaboração de Eliânia Assunção

Glaucilândia - Desde o início deste ano mais de 126 agricultores familiares de Glaucilândia foram beneficiados pelo Programa Nacional da Agricultura Familiar - Pronaf, através da Emater.

O programa financia atividades agropecuárias exploradas pelos agricultores familiares, contribuindo para melhorar o padrão tecnológico e suas atividades para aumentar a renda.

Foram liberados aproximadamente 157 mil reais pelo Pronaf “B” em atividades como bovinocultura de leite, avicultura e aquisição de máquinas de peças íntimas.

Segundo a Emater local está prevista a liberação de mais 75 Pronaf “B”, cada um no valor de mil a 1500 reais por pessoa. O pagamento é dividido em duas vezes com o prazo de até 2 anos de carência para pagar. Para este ano é aguardada a liberação de 120 Pronaf “B”, e 50 entre “C” e “D”. Em 2006 foram entregues 12 Pronaf “C” no valor médio de 5 mil reais para ser aplicados em atividades com produção de cachaça, bovinocultura de leite e avicultura.

Os agricultores estão satisfeitos com o programa, principalmente por causa do desconto de até 25% para quem pagar em dia. De acordo com Antônio Dumont Nascimento, extensionista da Emater, para o Pronaf “C” o governo libera até 6 mil reais e o “D”, 18 mil com juros de 3% ao ano e também carência de 2 anos.

- Estes valores são para investimento. O agricultor tem um total de 6 anos para quitar o projeto em prestações semestrais. Inclusive, no município, já existem vários projetos que foram aprovados, para os quais há negociações com o banco e estão sendo quitados com o desconto variando em até 75% da dívida por causa das dificuldades que os agricultores passaram com perdas de lavouras e pastagens nos anos anteriores - explica Dumont.

PULÚ SEM DÍVIDAS

E foi justamente por isso que Apolinário Ferreira da Silva, conhecido por Pulú, aproveitou e pagou a dívida que era de R$ 2,254.02 caindo para R$ 582,21. Ele diz que este projeto é muito bom para o agricultor familiar, e deu entrada em novo projeto.

- Comprei um desintegrador e mudei o transformador de energia que era de 2,1/2 kVA para 10. Agora quero fazer um curral, aumentar a cerca e colocar arame liso no lugar do farpado e, ainda, tentar comprar umas novilhas - diz Pulú.

José Pilão tem 65 anos, é morador da comunidade da Barra do Caiçara e é outro agricultor familiar que aprova o Pronaf.

- Muito bom, vou investir em gado para ter um bom retorno - diz.

Já o agricultor Gilson Barbosa dos Santos, de 24 anos, acredita que o programa facilita as coisas para o homem do campo.

- A Emater e a prefeitura têm feito um bom trabalho, que está beneficiando muita gente. Também vou investir em gado porque a resposta é mais rápida - explica Gilson.

Para os agricultores o programa é bom, mas para Geni Dias Santos, moradora da comunidade de Laranjão é preciso ter consciência. Ela sabe que o dinheiro é uma fonte de renda e diz que se investir e ter o retorno depois, será bom demais.

De acordo com Dumont Nascimento o Pronaf “B” é avaliado pelo conselho municipal de desenvolvimento rural sustentável - CMDRS, sendo que o agricultor pode fazer no máximo três, depois disso ele passa a se enquadrar no “C”. A liberação dos valores é feita pelo banco do Nordeste.