(IMA/Divulgação )
Já está valendo em Minas o vazio sanitário da soja. Neste período, que se estende até 15 de setembro, não é permitido semear ou manter plantas vivas da cultura nas lavouras mineiras durante 77 dias. O prazo teve início nessa quinta-feira (1).
O objetivo é evitar a ocorrência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, principal praga que acomete a soja. O manejo impede danos à plantação e pode evitar perdas econômicas aos sojicultores. Por prevenção, o vazio sanitário é realizado antes do plantio do grão.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), acompanha o atendimento às determinações do vazio sanitário principalmente nas regiões Noroeste, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que concentram cerca de 70% da produção da soja no Estado.
ADESÃO
Coordenador regional do IMA em Uberlândia, o engenheiro agrônomo Luiz Carlos de Oliveira lembra que a praga pode gerar desfolhação nas plantas e impactar na produtividade. “O vazio sanitário é um tipo de manejo que impede a sobrevivência do fungo na entressafra e, dessa maneira, quebra o ciclo da doença, diminuindo a quantidade de esporos no ambiente. O envolvimento e comprometimento do produtor rural é essencial para o sucesso dessa medida”, diz.
Oliveira alerta sobre a importante medida para os sojicultores da região. “A região do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste são responsáveis pelo maior volume de toda a produção da soja no Estado. Diante desse cenário, reforçamos a importância do sojicultor aderir ao período do vazio sanitário de modo a se preparar para a próxima safra, viabilizando mais produtividade e renda ao seu negócio”, argumenta.
SEM PLANTAS
A eliminação das plantas de soja que nascem voluntariamente é uma ação sinalizada pelo fiscal agropecuário do IMA, o engenheiro agrônomo Leonardo do Carmo.
“O fungo causador da ferrugem asiática da soja é considerado ‘biotrófico’. Isso significa que ele se reproduz em plantas vivas, além de se dispersar facilmente aos ventos, proliferando a praga nas lavouras”, justifica.
No período do vazio sanitário, ao constatar a presença de planta voluntária de soja (guaxa) na propriedade, o produtor deve providenciar imediatamente sua erradicação. “Isso é para evitar a sobrevivência do fungo que causa a contaminação da lavoura, além de acarretar prejuízo econômico”, completa Carmo.
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
Devido à pandemia, o produtor pode comunicar ao IMA a situação fitossanitária de sua propriedade, mediante preenchimento de questionário on-line disponível no site do órgão.
A participação do sojicultor no processo é de fundamental importância para levantar informações relevantes sobre o estatus referente à ferrugem asiática da soja.
*Com Agência Minas