Vacinação contra febre aftosa passa de 90% em todas as regiões de Minas

Da Redação*
O NORTE
21/01/2022 às 00:20.
Atualizado em 26/01/2022 às 00:12
 (ima/divulgação)

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Minas Gerais alcançou índice de 97,5% de cobertura vacinal em bovinos e bubalinos de zero a 24 meses contra a febre aftosa. O resultado é considerado muito bom, principalmente porque a campanha, que teve início em 1º de novembro de 2021, precisou ser prorrogada até 20 de dezembro devido a problemas na distribuição do imunizante pelas revendas e em razão ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Mais de 300 mil produtores rurais imunizaram 10,2 milhões de animais nos rebanhos mineiros. A comprovação da vacinação pôde ser feita até 30 de dezembro. Os dados foram monitorados e analisados diariamente pela Gerência de Defesa Sanitária Animal (GDA) do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), por meio do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro). 

REPERCUSSÃO
Coordenador em Minas do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa e fiscal do IMA, Natanael Lamas Dias atribui o bom desempenho da vacinação ao comprometimento do pecuarista e ao gerenciamento da campanha pelo Estado.

“Um fator muito importante para o desempenho da campanha é a conscientização do produtor rural aliada à divulgação dos prazos a serem cumpridos conforme legislação vigente e gestão da campanha”, argumenta. 

Apesar da pandemia, o alto índice alcançado confirma o cuidado do produtor rural com a sanidade do seu rebanho. Todas as regiões do Estado fecharam com índices acima de 90%, atendendo ao planejado pelo programa de vacinação. 
 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA 
Devido ao planejamento para melhorar o status sanitário de Minas Gerais em relação à febre aftosa, estratégias para o fortalecimento do sistema de vigilância vêm sendo adotadas. O objetivo é promover ações de detecção precoce e de resposta rápida a emergências sanitárias. 

Há cinco componentes de vigilância para a febre aftosa: as realizadas a partir de notificações de suspeitas; em propriedades rurais; em eventos agropecuários; em estabelecimentos de abate; e as para estudos soroepidemiológicos.

Esses diferentes componentes do sistema de vigilância produzem regularmente informações que ajudam a tomar decisões com base em uma avaliação de risco precisa, oportuna e objetiva. 

Nesse sentido, o IMA realizou, nesta campanha, a fiscalização de 2.849 propriedades rurais identificadas como maior risco de uma possível introdução e disseminação da febre aftosa. 
 
PLANO ESTRATÉGICO 
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa) cria e mantém condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional. 

O Plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul. 

Para realizar a transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das Unidades da Federação em cinco blocos. 

Minas Gerais pertence ao Bloco IV, e busca o novo status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, juntamente com Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e parte do Mato Grosso. 

Atualmente, a imunização dos animais é fundamental para Minas manter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, status concedido pela Organização Mundial de Saúde e que mantém importantes acordos internacionais. 
 
VACINAÇÃO EM 2022 
O IMA reforça que terá vacinação contra a febre aftosa em todo o Estado em 2022. Conforme o calendário oficial, as etapas ocorrem em maio e novembro. 

Entre os principais desafios de Minas Gerais está a finalização do georreferenciamento das propriedades rurais e o aumento no número de vigilâncias ativas e passivas, sendo esta última dependente do engajamento do produtor rural em notificar a suspeita da enfermidade. 

*Com Agência Minas

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