Sexta-feira 13, Dia Nacional da Cachaça

Da Redação*
13/09/2019 às 16:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:38
 (FOTO: MANOEL FREITAS)

(FOTO: MANOEL FREITAS)

Treze de setembro é o Dia Nacional da Cachaça, o destilado mais apreciado no Brasil e o terceiro mais consumido no mundo. Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país, com 200 milhões de litros por ano (50% da produção nacional neste segmento). No Estado, a atividade é responsável pela geração de mais de 100 mil empregos diretos e cerca de 300 mil indiretos.

O Norte de Minas é um importante polo de produção da bebida, concentrada principalmente em Salinas e cidades vizinhas. Salinas concentra mais de 50 marcas de cachaça e cerca de 15 milhões de litros da bebida são produzidos anualmente no município. A produção de cachaça gera uma receita anual de R$ 12 milhões, com 1.500 empregos diretos e indiretos. São 312 estabelecimentos que possuem reconhecimento como indicação geográfica para a produção da bebida.

Em 2018, por meio de um projeto de lei da então deputada federal Raquel Muniz (PSD), o município conquistou o título de Capital Nacional da Cachaça, reconhecendo a alta produção e qualidade do produto.

No último ano, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), prestou assistência a mais de 1,3 mil agroindústrias, responsáveis pela produção de 33 milhões de litros da bebida. Desse total, mil estabelecimentos pertencem à agricultura familiar.

As exportações mineiras de cachaça geraram, em 2018, receita de aproximadamente US$ 700 mil, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Estados Unidos e Uruguai foram os principais mercados para o produto mineiro.

CAPACITAÇÃO

Nos dias 13 e 14/11, o governo de Minas vai promover o II Seminário Mineiro da Cachaça. Também são realizadores do evento o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), a Associação Brasileira dos Responsáveis Técnicos de Destilarias, Alambiques e Engarrafadoras de Bebidas (ABRTB) e o portal Cachaciê. A Associação Nacional de Produtores de Cachaça de Qualidade (Anpaq) participará como apoiadora.

De acordo com Gilson Sales, o objetivo do seminário é promover a atualização de produtores e profissionais que atuam no setor, além de estimular discussões relativas a aspectos da produção e comercialização da bebida. “A proposta é também unir produtores, empresas e instituições que estejam alinhadas com as ações relacionadas à qualidade, segurança, mercado, legalização e certificação da cachaça”, diz o superintendente.

A programação terá painéis sobre tendências, valorização e inovação para o mercado de bebidas; mercado e marketing; a cachaça enquanto patrimônio cultural; legislação ambiental; certificação e avanços científicos da bebida, entre outros temas. Informações sobre o II Seminário Mineiro da Cachaça podem ser obtidas pelo telefone (31) 3915-8596.

HISTÓRIA
A criação do Dia Nacional da Cachaça, em 2009, é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac). O 13 de setembro foi escolhido em homenagem à data em que a cachaça foi oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, no ano de 1661. Porém, esta legalização só foi possível depois de uma revolta popular, ocorrida no Rio de Janeiro, contra as imposições da Coroa Portuguesa, conhecida como “Revolta da Cachaça”. Até então, a Coroa criava impedimentos para a produção de cachaça no país porque queria que a bebida fosse substituída pela bagaceira, aguardente típico de Portugal.


CURIOSIDADES
Para ser considerada cachaça, a bebida deve atender aos seguintes critérios da Instrução Normativa 13/2005, do Ministério da Agricultura:
- aguardente de cana produzido no Brasil, com graduação alcoólica de 38% a 48% em volume, a 20ºC, obtida a partir da destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar, com características sensoriais peculiares e podendo ser adicionada a açúcares em até 6 g/l.
- quanto à produção, a cachaça pode ser fabricada em dois tipos de processos: industrial e artesanal. A produção industrial ocorre em grande escala, em colunas de aço inox com bateladas contínuas. Já a produção artesanal, conhecida popularmente como “cachaça de alambique”, é realizada em escala menor, em alambique de cobre e de forma descontínua.
- a bebida é conhecida por vários nomes e alguns deles são bastante curiosos, como “mata-bicho”, “branquinha”, “parati”, “bicha”, “água que passarinho não bebe”, “marvada”, “veneno” e “boa”.

*Com Agência Minas

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