Reunião debate situação de ex-trabalhadores da Malvina

Jornal O Norte
18/10/2005 às 11:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:53

Paulo Brandão


Correspondente

BOCAIÚVA - A situação dos 800 ex-funcionários da extinta usina de álcool e açúcar Industrial Malvina, que funcionava no distrito de Engenheiro Dolabela, foi tema de uma reunião, acontecida no mês passado, na Comissão de assuntos municipais e regionalização da Assembléia legislativa do estado de Minas Gerais. O deputado Edson Rezende (PT), vice-presidente da comissão, solicitou a reunião a partir de denúncias feitas pelo líder da comunidade, Reguzino Fernandes de Azevedo, de que os créditos trabalhistas destes funcionários não foram pagos pela empresa, que teve a sua falência decretada no ano de 1997. O parlamentar lembrou que no caso de falência da empresa, os créditos trabalhistas devem ser resolvidos.

- A intenção com essa reunião foi buscar uma saída. Essa comissão está do lado dos trabalhadores - disse o deputado.

O advogado que defende os ex-trabalhadores da empresa, Frederico José de Azevedo disse que o estado de Minas Gerais tomou posse de uma área de 19 mil hectares, pertencente a industrial Malvina e a transferiu para a União que conseqüentemente a repassou ao Incra - Instituto de colonização e reforma agrária. Essa terra significava R$ 50 milhões no patrimônio da empresa.

De acordo com o superintendente regional do Incra, em Minas Gerais, Marcos Helênio Leoni Pena essa área recebe hoje um assentamento de reforma agrária para 800 famílias, sob a coordenação do Incra.

NOVO ENCONTRO

A deputada Jô Moraes (PcdoB), que presidiu a reunião, ressaltou que alguém tem que ser responsabilizado por essa situação dos trabalhadores. Disse ainda que a Assembléia legislativa tem que se comprometer a responder essas questões, já que a situação de impotência e descaso existe há tantos anos.

- É um emaranhado de responsabilidade e os trabalhadores saem perdendo - afirmou a deputada.

Ela disse também que vai sugerir uma nova audiência sobre assunto na cidade de Bocaiúva. Também participando da reunião, o presidente do Iter-MG - Instituto de terras do estado de Minas Gerais, Luiz Antônio Chaves fez um histórico sobre o funcionamento da empresa que fechou porque o ministério público passou a exigir o cumprimento dos direitos trabalhistas dos empregados, que a Industrial Malvina não conseguiu efetuar.

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