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Depois de fazer o curso de culinária, Fabíola Fernandes decidiu aprender um ofício predominantemente masculino. Ela acabou de ser formar no curso para pedreiro e, com as duas formações, espera ter mais chances no mercado de trabalho, cada vez mais exigente.
Ela é um dos moradores de Nova Porteirinha, município de 7 mil habitantes que aposta na qualificação como forma de melhorar a vida da população.
Os cursos gratuitos são oferecidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com o Senar e o Sindicato Rural. A secretaria é responsável pelo atendimento a cerca de duas mil famílias.
O órgão procura diversificar o cardápio de cursos e mantém a cada mês uma novidade, com turmas de 10 a 12 alunos. No mais recente, de pedreiro, eles aprenderam técnicas de segurança no trabalho, saúde e higiene.
“Adorei ter feito o curso de culinária e agora o segundo, de pedreiro. Toda pessoa tem que tentar alguma coisa na vida. O curso foi uma grande oportunidade para quem não tem condição de pagar”, atesta Fabíola, que se diz preparada para exercer qualquer uma das atividades.
“O setor de construção civil tem tido um maior impulso nos últimos tempos. Os cursos oferecidos dão oportunidade para geração de emprego e sustento das famílias”, afirma a secretária de Assistência Social de Nova Porteirinha, Margarida Cavalcanti.
Separada da cidade de Janaúba por uma ponte, Nova Porteirinha tem a mão de obra qualificada absorvida também pelo município vizinho.
GANHOS
Como a maioria da população de Nova Porteirinha vive na zona rural, o prefeito Juracy Fagundes viu também a necessidade de amenizar os gastos das famílias de baixa renda. Solicitou ao governo, por meio da Secretaria de Assistência Social, a inclusão das famílias no Programa Energia Cidadão. O saldo foi positivo.
“Mais de 600 famílias foram beneficiadas com a redução no custo de energia elétrica, cerca de três mil lâmpadas foram trocadas nas casas e 27 famílias foram contempladas com geladeiras novas e econômicas”, afirma Juracy.
Outro resultado positivo foi a retomada do programa socioeducativo que oferece aulas de reforço escolar, oficinas de arte, esporte e lazer, além de assistência psico-pedagógica a adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em um ano e meio, o número saltou de 20 para 50 assistidos.