Quadrilha que roubava gado é desarticulada

Um dos integrantes do bando que atuava no Norte de Minas, apontado como “olheiro” no município de Coração de Jesus, continua foragido

Da Redação
O Norte - Montes Claros
Publicado em 12/02/2020 às 08:17.Atualizado em 27/10/2021 às 02:36.
 (POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO)
(POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO)

Uma quadrilha suspeita de pelo menos dois furtos de gado em Coração de Jesus foi desarticulada por uma equipe da 1ª Delegacia Regional de Montes Claros e da Delegacia de Investigações Especiais. Investigado desde 2019, o bando tinha quatro integrantes, que planejavam todas as ações.

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de três dos integrantes da quadrilha. O quarto envolvido já havia sido preso, pelo mesmo crime. Na última segunda-feira, dois dos acusados foram detidos em Janaúba, no Norte de Minas.
 
ABATE 
O gado roubado era destinado às cidades de Verdelândia, Jaíba e Porteirinha, onde era abatido clandestinamente e revendido em um açougue, em Janaúba e possivelmente em outras cidades. No primeiro crime, que aconteceu em setembro de 2019, o prejuízo foi estimado em torno de R$ 100 mil. Após a segunda ação do bando, em 20 de janeiro, o gado foi restituído à vítima.

Um quarto suspeito, da cidade de Coração de Jesus, encontra-se foragido e, de acordo com a Polícia Civil, ele é um “olheiro”, que dava apoio ao restante da quadrilha, sendo o responsável por indicar os animais que seriam subtraídos. Contra ele existem dois mandados de prisão em aberto.
 
ORGANIZAÇÃO 
De acordo com o delegado Alberto Tenório, a quadrilha tinha funções bem definidas. “Tratava-se de uma organização criminosa bem organizada. Um deles tinha um caminhão para subtrair o gado, outro era dono de um açougue, que revendia a carne, um atuava como olheiro e outro no embarque do gado”. 
“Essas três prisões serão muito importantes para acabar ou, de certa forma, diminuir esse tipo de crime”, finaliza.
 
INSEGURANÇA 
De acordo com o produtor rural e membro do Conselho de Segurança Rural (Conserv), a desarticulação da quadrilha traz segurança para a população. “O crime rural tem um valor agregado muito alto para o produtor rural, uma cabeça de gado sai em torno de R$ 3.500, sem contar que aterroriza toda a região, porque maior que o crime contra o patrimônio é a insegurança. Dormir numa propriedade rural hoje é muito perigoso, mas essa realidade está mudando”, explica.
 
PENALIDADE 
 Os suspeitos podem pegar de 2 a 8 anos de prisão e vão responder pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado.

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