Da Agência Minas
BELO HORIZONTE – O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silas Brasileiro, está entusiasmado:
- Temos terras apropriadas e clima favorável ao plantio de árvores frutíferas no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e nas áreas de expansão da fronteira agrícola do Noroeste do Estado. Com a expansão do cultivo de frutas irrigadas no Norte de Minas, vamos fortalecer o agronegócio mineiro, gerar emprego e renda e dar mais condições de ajudarmos o país a aumentar a participação no mercado internacional de sucos, além de ocupar mais espaço no mercado interno com a oferta do produto in natura.
Foi o que ele disse ao inaugurar na última sexta-feira, dia 02, a segunda etapa do projeto Jaíba, que integra 19.276,40 hectares irrigados à produção, principalmente de manga, goiaba, limão, uva, banana, melão e maracujá.
No programa da inauguração da nova etapa do projeto Jaíba, o secretário de Agricultura e presidente da Ruralminas (entidade vinculada à secretaria e responsável pela execução do projeto) fez a entrega de escrituras públicas de lotes de propriedade dessa fundação a dez pequenos produtores rurais assentados no Jaíba I, simbolizando a escrituração de um total de 60 pequenos lotes agrícolas.
Silas Brasileiro explica que a posse das escrituras possibilita aos produtores o acesso ao sistema de crédito para financiamento agrícola de sua produção por meio de programas como o Pronaf e de outras modalidades de crédito.
- Trata-se de um meio eficaz de garantir a permanência do homem no campo e na sua região de origem, além de contribuir para o desenvolvimento do município, região e entorno do projeto Jaíba, um dos projetos estruturadores das ações governamentais para o desenvolvimento sócio-econômico e sustentável do estado de Minas Gerais - explica o secretário.
Ele destaca ainda as condições de sustentabilidade do projeto, também presentes nos demais programas do agronegócio desenvolvidos pelo governo em parceria com a iniciativa privada:
- Uma reserva de 11.276,40 hectares garante ao Jaíba II a condição de maior área de proteção ambiental em projeto de irrigação do mundo.
O Jaíba II possibilitará a produção anual de 300 mil toneladas de alimentos. Além do cultivo de frutas, está sendo implantado, na nova etapa do projeto, o plantio de cebola, alho, cenoura, batata doce, beterraba, inhame, pimentão, jiló, feijão, tomate e cana de açúcar, esta com amplas possibilidades no mercado de alimentos e produção do etanol.
- Com esse conjunto de cultivos, o Jaíba II será a maior sustentação do processo de desenvolvimento regional do Norte de Minas - informa o secretário de Agricultura.
A área bruta do Jaíba II é de 34.772,76 hectares, com 19.276,40 hectares irrigados em lotes
de 10, 25, 64 e 90 hectares. De acordo com o gerente-executivo do projeto Jaíba, Luiz Afonso Vaz de Oliveira, para garantir esse volume de produtos, dentro das normas de qualidade, segurança alimentar e proteção às normas ambientais, será necessário, entre outros recursos, o emprego de 33 mil pessoas, em média.
A nova fase do projeto absorveu investimento de US$ 270 milhões desde 1990. Destes recursos, US$ 160 milhões foram do estado, para compra de terras, construção de estradas, instalação de energia elétrica, implantação de programas ambientais e outras obras. Já o restante, ou seja, US$ 110 milhões, foi financiado pelo JBIC para a construção dos 198 quilômetros de canais, uma estação de bombeamento (EB3) com capacidade para 12 metros cúbicos por segundo, e três estações de recalque, para bombas pequenas.