Processo licitatório para recuperação do vapor Benjamim Guimarães é concluído

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
13/10/2020 às 23:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:47
 (Pedro Gontijo / Imprensa MG)

(Pedro Gontijo / Imprensa MG)

O vapor Benjamin Guimarães pode estar de volta às águas do Velho Chico já em 2021. Essa é a expectativa após a conclusão do processo licitatório para escolha da empresa que irá realizar as obras na tradicional embarcação, patrimônio cultural tombado pelo Estado, que fica em Pirapora. 

A empresa vencedora é a INC Indústria Naval Catarinense. Serão investidos R$ 3,7 milhões na recuperação do Benjamim Guimarães, dos quais R$ 74 mil devem ser aportados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) a título de contrapartida. O convênio foi assinado em 2019 e tem vigência até junho de 2022.

Os serviços incluem a recuperação e substituição da estrutura do casco, das estruturas em madeira, incluindo pisos, divisórias, esquadrias e escadas. Além disso, serão feitas novas instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio e pânico. O sistema de governo, telégrafo e das máquinas alternativas de propulsão também serão recuperados.

A execução da obra está prevista para ocorrer no prazo de seis a oito meses, conforme cronograma do convênio e do projeto executivo contratado pelo Iepha-MG, contados a partir da conclusão do processo licitatório e assinatura do contrato. 

A ação de reforma e restauração da embarcação incluída no âmbito do Projeto Estratégico Minas Cultural, do governo de Minas Gerais, teve seus recursos viabilizados a partir de convênio firmado com a União, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“A ação de reforma e restauração do Vapor Benjamim Guimarães é um marco para o turismo e a cultura, não só da região, mas de Minas e do Brasil. A história desta embarcação é relacionada diretamente com o processo de implantação da navegação comercial no rio São Francisco entre a segunda metade do século 19 e meados do século 20, participando como referência fundamental na paisagem do rio e na memória cultural coletiva local, regional e nacional”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, essa é uma grande conquista para toda a equipe do Instituto e da comunidade de Pirapora “que batalharam muito para articular essa ação conjuntamente, para que fosse viável nesse momento delicado de distanciamento social”.
 
HISTÓRIA
O tombamento estadual do Vapor Benjamim Guimarães foi aprovado em 1985 com inscrição no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

A embarcação foi construída em 1913, pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons e navegou alguns anos no rio Amazonas, sendo transferido para o rio São Francisco a partir de 1920. 

Transportou turistas pelo rio, com capacidade para até 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros. O Vapor Benjamim Guimarães é um dos últimos no mundo.

Por recomendação da Capitania dos Portos, teve as atividades interrompidas em 2015. Desde então aguarda recuperação de sua estrutura para voltar a navegar.

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