Político é absolvido por falta de provas

Advogado do ex-prefeito de Coração de Jesus critica ação da PF que não deu direito de defesa ao réu

Márcia Vieira
Montes Claros
19/06/2018 às 06:35.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:49
 (SOLON QUEIROZ/DIVULGAÇÃO)

(SOLON QUEIROZ/DIVULGAÇÃO)

O ex-prefeito de Coração de Jesus Antônio Cordeiro foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) das acusações de desvio de verbas em obras públicas durante a administração municipal. 

A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal, em 2012, mas o juiz do TRF1 responsável pelo caso, Marcos Fratezzi, entendeu que não havia provas suficientes nos autos para uma condenação.

Toninho ficou impedido de exercer a função. O prefeito chegou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica e, além de ser impedido de ir à prefeitura, não podia manter contato com servidores públicos.

A assessoria do ex-prefeito comemorou a decisão da Justiça pela não condenação, no entanto, lamentou os prejuízos causados pelas acusações para a carreira política do ex-prefeito. Mesmo com as restrições de liberdade, Toninho tentou se reeleger, mas perdeu o pleito com uma diferença de 300 votos para o adversário na disputa. 

“Ele foi extremamente prejudicado neste processo. Não pôde fazer campanha de igual para igual com o outro candidato”, disse um dos assessores.

A operação da Polícia Federal que prendeu Toninho Cordeiro foi comandada pelo ex-chefe da instituição, delegado Marcelo de Freitas.

“Um processo quando segue os trâmites constitucionais e legais tende a dar uma resposta justa para a sociedade. Os problemas são essas medidas abruptas. Prender antes de ouvir as pessoas e ver o que aconteceu culmina com isso”, alegou Otávio Rocha Batista Machado, um dos advogados de defesa do ex-prefeito.

Otávio ainda disse que o Ministério Público pode recorrer da decisão, mas que o ex-prefeito está confiante na Justiça, “que aos poucos vai mostrando a verdade”.

“O que tiver que ser feito, vai ser feito. A posição dele (Toninho) é de indignação, porque não deram a ele o direito de defesa. Falaram que ele fez uma coisa e não deram a oportunidade de ele se explicar. Então ele não fez campanha na ocasião. Mas ele acredita na serenidade da Justiça”, pontuou o advogado.

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