Petrobras autoriza sexto aumento da gasolina no ano

Reajuste de 9,2% começa a valer nesta terça-feira nas refinarias

Da Redação*
O NORTE
09/03/2021 às 00:03.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:21
 (Fotos Leo Queiroz)

(Fotos Leo Queiroz)

Para quem achou que o preço dos combustíveis já havia chegado ao limite, mais um aumento foi confirmado para valer a partir desta terça-feira (9). A Petrobras autorizou o reajuste nas refinarias de 9,2% no valor do litro da gasolina e de 5,5% no diesel.

É a sexta alta da gasolina neste ano - que soma um reajuste de 54% nas refinarias - e a quinta do óleo diesel - totalizando 41,6%. Com a nova mudança, a gasolina passa de R$ 2,60 para R$ 2,84 e o diesel de R$ 2,71 para R$ 2,86.

O último reajuste havia sido anunciado pela Petrobras em 1° de março e, antes disso, houve aumentos em 18 de fevereiro, 8 de fevereiro, 26 de janeiro e 18 de janeiro, dia em que apenas o preço da gasolina foi reajustado. No fim do ano passado, o litro de combustível custava R$ 1,84 nas refinarias, R$ 1 a menos que o preço alcançado hoje.

Em Montes Claros, o litro da gasolina comum, em 20 de janeiro, custava, em média, R$ 4,75. No último dia 20 de fevereiro, pela manhã, ainda sem o reflexo do quarto reajuste, o valor já estava em R$ 4,98, um aumento de R$ 0,23 por litro, o que corresponde a uma alta de 4,84%. Mas, à tarde, alguns postos já haviam remarcado o preço, que subiu para R$ 5,49 – 10,24% a mais.

Nesta segunda-feira, em alguns postos da cidade a gasolina era vendida a R$ 5,69 o litro – valor quase 20% acima do cobrado em 20 de janeiro. Já o diesel estava em R$ 3,99.

“Acho normal esse aumento todo ano. Creio que vai subir e depois vai abaixar. Não tem para onde correr. É nosso Brasil. Pesa muito no bolso. Já não é mais econômico e não está mais confortável. Aqui no posto Havana ainda está com o preço melhor da cidade”, diz o motorista de aplicativo Charles de Sá, de 50 anos.
 
POLÍTICA DE PREÇOS
A política de preços da Petrobras busca o alinhamento do preço das refinarias aos do mercado internacional, o que também torna o preço sensível ao valor do real perante o dólar, moeda em que as negociações ocorrem no exterior.

Segundo a estatal, manter esse alinhamento é fundamental para garantir que o mercado brasileiro seja suprido sem risco de desabastecimento. A empresa afirma que, assim como o preço sobe quando há encarecimento no mercado internacional, ele também cai quando a alta da oferta no mundo desvaloriza esses combustíveis.

A Petrobras destaca ainda que essas variações do mercado internacional e do câmbio “têm influência limitada” no preço final que os consumidores encontram nos postos de combustíveis. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”.

*Com Agência Brasil e Leonardo Queiroz

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