Norte de Minas usará testes de Covid feitos em MOC

Material feito no Centro de Ciências Agrárias irá atender a demanda do Norte de Minas

Christine Antonini
O NORTE
03/08/2020 às 23:41.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:11
 (VICTOR AUGUSTO VASCONCELOS DE OLIVEIRA)

(VICTOR AUGUSTO VASCONCELOS DE OLIVEIRA)

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Montes Claros, iniciou na última semana a produção de kits para os testes de diagnóstico da Covid-19. A previsão é a de que até outubro serão 10 mil kits feitos no campus para atendimento da demanda da macrorregião de saúde do Norte de Minas. A ação faz parte de uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Os testes atenderão diretamente à rede de saúde da macror-região, que engloba 89 municípios. A iniciativa pretende suprir parte da demanda local, diminuindo a dependência dos testes produzidos na capital mineira. Os kits de coleta para diagnóstico laboratorial de SARSCoV-2 (causador da atual pandemia de Covid-19) são produzidos por uma equipe formada por professores, técnicos administrativos, graduandos, mestrandos e doutorandos da UFMG em laboratório do Centro de Pesquisas em Ciências Agrárias (CPCA).

De acordo com a professora Anna Christina de Almeida, que coordena o projeto, os kits já estão certificados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e serão distribuídos na rede de saúde de acordo com a demanda.

“Todo o processo de montagem passa por um controlelaboratorial muito rigoroso, que segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os kits são para coleta de material para realização do exame RT-PCR. Com ele, é possível termos a identificação mais segura dos casos positivos e tomar as medidas direcionadas para esse grupo”, explica.

Os testes RT-PCR são considerados “padrão de referência” e apresentam melhorconfiabilidade nos resultados para diagnóstico da doença causada pelo novo coronavírus. De acordo com Anna Almeida,otestepesquisaovírus diretamente nas vias respiratórias, através do swab, que é uma espécie decotonete,preparado paracoletaromaterialdanarina e da garganta do paciente, e depois é encaminhadoaoslaboratóriospara diagnóstico do vírus.

“Temos uma estrutura no centro de pesquisas que, no momento, funciona com pesquisas isoladas em função do isolamento social. Não podemos deixar de nos inserir na oferta de soluções ao problema atual que estamos vivendo”, afirma.

INVESTIMENTO
Foram investidos recursos para a compra de materiais e equipamentos, além da oferta de bolsas a dez estudantes da pós-graduação que compõem a equipe. O projeto é parte de um conjunto de ações da universidade para o enfrentamento ao novo coronavírus e seus impactos na sociedade. A UFMG recebeu R$ 21,5 milhões do governo federal em abril, que são aplicados em ações elaboradas em conjunto pela reitoria, pró-reitoria de pesquisa e diretorias das unidades acadêmicas.

“Temos a oportunidade de que estes estudantes continuem trabalhando neste período, em que parte das pesquisas precisaram ser paralisadas. É uma oportunidade de vivenciar o debate em torno do problema e se inserir na busca por soluções”, concluiu a coordenadora do projeto, Anna Almeida.
 

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