Não caia em golpes! Saiba quais são os 16 crimes mais praticados por estelionatários em Minas

Material mostra como estelionatários agem na web, nas ruas e por telefone

Renata Evangelista
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/07/2020 às 02:21.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:02
 (Diana Maia/Divulgacao)

(Diana Maia/Divulgacao)

Whatsapp clonado, falso boleto, troca do cartão crédito, empréstimo para pagar o tratamento de um familiar internado. Esses são apenas alguns dos golpes que têm sido aplicados por estelionatários durante a pandemia de Covid-19.

Em Minas, segundo estimativa da Polícia Civil, esse tipo de crime aumentou cerca de 30% após o isolamento social. Cada vez mais, os golpistas estão fazendo vítimas no ambiente virtual e por telefone. Mas as trapaças presenciais também continuam.

Chefe da Polícia Civil, o delegado Wagner Sales destaca que somente com informação é possível alertar a população sobre os golpes e diminuir o número de ocorrências. Por isso, a instituição lançou nesta quarta-feira a cartilha “Golpe, só se for nos criminosos”.

O documento, que ficará disponível no site e nas redes sociais da polícia, enumera os 16 golpes mais comuns no Estado. “A cartilha prevê a grande maioria, mas o estelionatário é um oportunista de plantão”, disse o delegado, informando que outros crimes que não estão no arquivo podem ser aplicados pelos bandidos.

Para fugir das artimanhas dos criminosos, a dica é simples: “Não acreditem em vantagens mirabolantes e promessas de grandes negócios”, enfatizou o policial. Além disso, ele destacou que, muitas vezes, os golpistas recorrem aos sentimentos das vítimas para conseguir arrancar dinheiro ou informações. O golpe do falso sequestro é um desses casos, exemplificou.

Por isso, Salles reforça que é preciso ficar atento e sempre desconfiar de informações e propostas feitas por terceiros. “Na dúvida, denuncie e procure a polícia”, frisou.

Na cartilha, a polícia detalha como são aplicados os golpes por internet, presenciais e por telefone, dando elementos para que o leitor consiga identificar as “ciladas”. Veja alguns exemplos de golpes pela web:
 
GOLPE DO FALSO BOLETO
Os criminosos descobrem, por meio de algumas pesquisas realizadas na internet, informações sobre as pessoas e enviam falsos boletos por e-mail, como por exemplo: boleto de igreja, de plano de internet, mensalidades diversas. A vítima acredita que está pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras constam informações que direcionam o valor para a conta dos golpistas.
 
COMO AGIR:
Desconfie de boletos relativos a compras não realizadas. No momento de pagar um boleto, confira se o banco que aparece na tela de pagamento é o mesmo que está no boleto, confira o valor, a data de vencimento, o nome do beneficiado e demais dados.
 
GOLPE DO FALSO NAMORADO
Os golpistas procuram vítimas em sites de relacionamento. Após abordarem a vítima em salas de bate-papo ou por meio de outra forma de comunicação virtual, demonstram interesse amoroso e, posteriormente, passam a se comunicar por aplicativo de mensagens. A partir do momento em que a vítima acredita que está namorando, o criminoso afirma ser portador de alguma doença e a convence de que precisa de ajuda financeira para o tratamento. A vítima, homem ou mulher, envolvida emocionalmente, doa dinheiro. 

Há casos em que o golpista se passa por namorado(a) estrangeir(o)a, ilude e afirma que está enviando um presente. Um outro criminoso se passa por funcionário de empresas especializadas em transportes de mercadorias em outro país e solicita transferência de alta quantia em dinheiro para uma conta bancária, alegando que o presente ficou preso na alfândega. O pedido, somado à pressão sentimental, faz com que a vítima transfira o dinheiro. O namorado (a) desaparece.
 
COMO AGIR:
Tente encontrar o namorado (a) que conheceu pela internet pessoalmente e tenha certeza de que ele existe. O encontro deve ser em local público e jamais transfira dinheiro para namorados (as) virtuais.
 
GOLPES DO FALSO SITE DE COMPRAS
Golpistas criam sites falsos de venda de mercadoria, copiando o layout dos sites conhecidos para enganar a vítima. Usam endereços de empresas famosas, alterando o final do endereço eletrônico. Atuam durante o ano todo e agem de forma mais intensa durante a Black Friday.
 
COMO AGIR
Observe com cuidado o endereço eletrônico do site. Pesquise a reputação da empresa. Desconfie de objetos que estejam à venda por preço muito abaixo daquele praticado no mercado.
 
GOLPE DO WHATSAPP CLONADO
Golpistas têm acesso aos anúncios e ao número de telefone dos anunciantes, por meio de sites de compra e venda. Esses golpistas se passam por funcionários dos sites e solicitam um código para ativar o anúncio à vítima que expôs um produto. Trata-se do código de verificação do WhatsApp. 

A vítima perde o acesso ao seu aplicativo após digitar o código, pois os criminosos ativam a conta do WhatsApp de determinada pessoa em outro aparelho celular. Por meio dessa ativação, os golpistas recuperam as conversas do histórico, passam a acessar os contatos e cometem crime de estelionato, solicitando dinheiro aos parentes e amigos da vítima em nome dela.
 
COMO AGIR
Habilite a “confirmação em duas etapas” – no WhatsApp, clique em “Configurações/Ajustes”, depois clique em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas”. Jamais envie, para qualquer pessoa, o código de 6 números. Caso já tenha sido vítima desse golpe, envie e-mail para support@whatsapp.com, solicitando a desativação temporária de sua conta do WhatsApp.


 

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