Mobilização paralisa serviços municipais

Em protesto, prefeitos do Norte de Minas vão a BH para reivindicar o pagamento dos débitos do Estado

Christine Antonini
O Norte - Montes Claros
21/08/2018 às 07:24.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01
 (AMAMS/DIVULGAÇÃO)

(AMAMS/DIVULGAÇÃO)

Pelo menos 40 prefeituras do Norte de Minas estão com as atividades suspensas hoje em protesto contra os atrasos no repasse de verbas obrigatórias por parte do governo mineiro. Os prefeitos foram em comitiva a Belo Horizonte para reivindicar o pagamento das dívidas do Estado com os municípios. 

Segundo a Associação Mineira dos Municípios (AMM), o governo deve aproximadamente R$ 1 bilhão somente aos municípios do Norte de Minas. Das 92 cidades que compõem a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), 35 aderiram à paralisação – outras cinco que não fazem parte da associação também estão em greve. 

A receita própria da maioria das cidades da região é baixa e, por isso, a principal fonte de recurso é o repasse dos governos estadual e federal. Contudo, Minas deixou de pagar os principais recursos às prefeituras, como Fundeb, ICMS, IPI e IPVA. 

Sem o dinheiro, os serviços de transporte escolar e da saúde já começam a ser afetados. Em Varzelândia, por exemplo, a prefeita Valquíria Cardoso (MDB) usou as reservas do município para manter o transporte de pacientes que viajam duas vezes por semana para Montes Claros. 

O prefeito de Catuti, José Barboza (Zinga), que também é diretor da Regional Norte da AMM, explica que a paralisação não é de prefeitos, e sim dos próprios servidores municipais.

“Explicamos para os servidores que não teremos como pagar a folha e, com isso, eles poderão ficar sem salário. Nossos servidores ‘abraçaram’ o movimento e concordaram em protestar. Estamos em Belo Horizonte representando eles e toda nossa população que sofre com a falta dos repasses”, disse. 

Zinga pontuou que, além dos serviços da prefeitura, as escolas municipais ficarão sem aula. Apenas os serviços de saúde funcionarão. 

A concentração do protesto acontece na porta da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. De lá, seguirão em carreata até o Palácio da Liberdade. Os prefeitos se reunirão com as lideranças do governo Pimentel. Caso o governo não dê um retorno positivo, a AMM vai realizar uma assembleia para viabilizar outra paralisação por tempo indeterminado.

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