Minas seguirá roteiro federal na vacinação contra a Covid-19

Ministério da Saúde prevê certificação em fevereiro

Anderson Rocha*
Hoje em Dia - Belo Horizonte
09/12/2020 às 00:01.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:15
 (pixabay/divulgação)

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Minas Gerais seguirá a mesma linha do governo federal para vacinação da população contra a Covid-19. A informação foi dada ontem pelo governador Romeu Zema (Novo) em reunião virtual com o Ministério da Saúde e outros governadores.

“Está definido que o processo de vacinação será conduzido em nível nacional. O Ministério da Saúde é quem está adquirindo as vacinas e fará a distribuição por todo o país. Nenhum município ou Estado será prejudicado ou privilegiado em relação à vacinação”, disse Zema.

Na mesma ocasião, o ministro da Saúde, o general do Exército Brasileiro Eduardo Pazuello, informou que a certifica-ção da Anvisa às vacinas só deve ocorrer 60 dias após a entrega dos resultados das pesquisas de desenvolvimento do imunizante, o que significa que as primeiras doses poderão ser aplicadas apenas a partir de fevereiro.

A reunião entre os governadores e a pasta foi feita para discutir a implantação do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a doença, além do planejamento estratégico para a vacinação no país.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil realizou acordos tecnológicos e de intenção que representarão a aquisição de cerca de 300 milhões de doses de vacinas de diferentes fornecedoras ao longo de todo o ano de 2021.
 
ESTADO PREPARADO
Conforme Zema, o Estado está preparado para executar o Plano de Imunização contra a Covid-19, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), já tendo adquirido 50 milhões de seringas e 700 refrigeradores.

“Toda a estrutura está pronta, além dos profissionais orientados para conduzir este processo da forma mais célere, organizada e segura”, afirmou Zema.

Durante a reunião, o ministro da Saúde disse que vai adquirir todas as vacinas seguras contra a Covid.

“Todas as vacinas que tiverem sua eficácia e registros da maneira correta na Anvisa, se houver necessidade, vão ser adquiridas. O presidente Jair Bolsonaro já deixou isso de forma clara”, ressaltou Pazuello.

Ao grupo que participou do encontro – parte presencialmente e parte por videoconferência –, Pazuello lembrou os acordos já feitos pelo governo federal com o laboratório AstraZeneca para a compra de 260 milhões de doses e insumos para fabricação, e a entrada no consórcio Covax Facility, para compra de 42 milhões de doses de vacinas. “O SUS já tem capacidade de 300 milhões de doses para 2021”, disse.
 
DATA
Apesar da pressa dos governadores, a data de início da vacinação ainda não está definida, já que depende do registro na Anvisa. 

“A AstraZeneca e Oxford estão concluindo a Fase 3. Algumas etapas da Fase 3 serão concluídas para, aí sim, submeter à Anvisa para registro. Qual é a previsão? Até o final de dezembro. E a Anvisa, dentro da sua responsabilidade para analisar o registro dessas vacinas, precisa de tempo para concluir essa ação. E, pelo que demonstrou, tempo próximo a 60 dias. Pode ser menos, um pouco. Se tudo estiver redondo, sem recomendações incompletas. Se isso acontecer, vamos ter o registro definitivo da AstraZeneca no final de fevereiro. Mesmo que tenha chegado às 15 milhões de doses em janeiro”, explicou Pazuello.

*Com Agência Brasil

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