Minas recorre ao governo federal para garantir oxigênio

Empresas que fornecem insumo ao Estado reorganizam logística para atender à demanda

Da Redação*
O NORTE
17/03/2021 às 00:42.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:25
 (Gil Leonardi/Imprensa MG)

(Gil Leonardi/Imprensa MG)

Após a ameaça de faltar oxigênio chegar a Minas Gerais, com várias cidades, inclusive do Norte de Minas, tendo dificuldade para comprar o insumo, o governo de Minas pediu ao Ministério da Saúde para que tome as medidas necessárias para que não falte o produto.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (16) pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti. Segundo ele, houve um aumento da necessidade de oxigênio para atender ao número crescente de pacientes internados por Covid-19 em Minas. O secretário destacou ainda que as empresas fornecedoras de oxigênio ao Estado estão fazendo uma reestruturação logística para atender a alta demanda.

“O oxigênio é insumo essencial complexo em relação à logística. A maioria dos hospitais grandes com leitos de CTI utilizam grandes reservatórios de oxigênio. Mas para os leitos que estão sendo criados, não dá tempo dessa estrutura, e são leitos com cilindro de oxigênio. A logística desse insumo é complexa, tem que se trocar várias vezes por leito e o paciente Covid exige muito oxigênio. Temos pedido apoio ao Ministério da Saúde em relação a isso, já prevendo esse aumento de consumo para que não haja nenhum tipo de falta de suprimento”, afirmou o secretário.

Na edição do último sábado, O NORTE mostrou que Januária e Espinosa já relatavam dificuldade em adquirir oxigênio para abastecer leitos com pacientes de Covid-19. Em Januária foram fechados quatro dos dez leitos de UTI porque o oxigênio existente no hospital só daria conta de atender a seis unidades.

Na segunda-feira, o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, em Montes Claros, também relatou a falta de oxigênio no mercado para que pudesse abrir mais leitos na unidade, superlotada desde a semana passada.

Fábio Baccheretti lembrou que Minas não passa por uma crise de abastecimento do oxigênio, mas que há uma preocupação do governo do Estado para que não falte o insumo, uma vez que o aumento do número de internações representa um consumo maior do produto. 

No início no ano, o Estado do Amazonas viveu um colapso em sua rede hospitalar devido à dificuldade de reabastecimento. Várias pessoas morreram.
 
INSUMOS
O secretário de Saúde pontuou ainda que o governo de Minas tem se antecipado e adquirido insumos necessários para o atendimento hospitalar nas regiões mineiras, como o kit de intubação e anestésico, mesmo sendo de responsabilidade das unidades hospitalares a aquisição desses medicamentos.

“Fizemos uma compra recente do kit. Ele é essencial e o hospital tem que comprar na sua rotina. Mas nós, como Estado, compramos uma quantidade para distribuir às regiões que mais faltam porque elas não têm dado informações confiáveis sobre esses medicamentos. É importante lembrar que o Brasil é o epicentro no mundo de Covid. Todos os estados estão consumindo muito esse medicamento. Entendemos que o Estado deve contribuir para que não haja falta de nenhum insumo”, destacou.

*Com Agência Minas

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