Mão de obra da saúde poderá ficar a cargo de cooperativa

Consórcio escolhe associação para atender 92 municípios na contratação de profissionais

Márcia Vieira
12/01/2019 às 07:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:00
 (CIMAMS/DIVULGAÇAO)

(CIMAMS/DIVULGAÇAO)

Considerada pelos chefes do Executivo uma das áreas mais complexas, a contratação de profissionais para a área da saúde poderá se tornar menos onerosa e mais eficaz para os municípios. O Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams) abre licitação para a contratação de cooperativa que ficará responsável por suprir a demanda dos municípios de mão de obra no setor de saúde.

De acordo com o secretário executivo do órgão, Luiz Lobo, a cooperativa vencedora terá capacidade para atender a 92 municípios. Mesmo aqueles que não são consorciados podem aderir ao processo. A planilha de custos será enviada às prefeituras e o contrato, selado entre as duas partes.

“Depois da licitação, vários municípios demandaram o serviço. A medida melhora a folha de pagamento das prefeituras e do ponto de vista dos profissionais, uma vez que terão mais benefícios do que se fossem contratados diretamente pelas prefeituras. Se o profissional tiver dificuldade na prestação do serviço, ele pode ser substituído. Nós fizemos reunião com os secretários de saúde das prefeituras e com a presença do Ministério Público, apresentamos a eles o serviço”, avalia Luiz Lobo.

A prefeita de Varze-lândia, Valquíria Cardoso (MDB), comemora a iniciativa. Para ela, a mão de obra, especialmente na área de saúde, é um problema que os municípios enfrentam constantemente. “Se um profissional adoece, por exemplo, nem sempre temos outra pessoa capacitada para substituí-lo.

Com a cooperativa, essa necessidade será suprida e com qualidade, já que eles terão os profissionais preparados para nos atender”, afirma a prefeita. Ela administra município de cerca de 20 mil habitantes, que conta com um hospital e 10 Programas de Saúde da Família.

A modalidade de atendimento já foi implementada no Ceará e no Rio Grande do Sul. Responsável por uma cooperativa em Montes Claros, Andrey Souza revela estar na fase de visitação aos municípios que demonstraram interesse pelo serviço.

“Já visitamos cerca de 11 prefeituras e estamos no processo de adesão. Quando o município contrata, ele está contratando um serviço, não essa ou aquela pessoa. Então, se faltar um profissional, quem tem que repor é a cooperativa. Com isso a prefeitura não tem descontinuidade do atendimento. É vantajoso para o município e para o servidor. Oferecemos melhores condições para os cooperados que são servidores e buscamos a melhoria na condição de trabalho deles com qualificação profissional e assistência”, explica Andrey. Ele destaca ainda que, além de oferecer o profissional, os municípios tem a tranquilidade de contar com as equipes em ações sociais.

“Isso é o principal e o profissional que está cooperado, se é de Montes Claros, pode atender outro município, porque está dentro da rede. Ampliando a cadeia, temos mais possibilidade de trabalho”, diz Andrey.

A mão de obra especializada inclui uma gama de profissionais como médico, biomédico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, veterinário, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e educador físico.

Montes Claros ainda não é uma cidade consorciada do Cimams, mas, de acordo com Andrey, está agendada uma reunião com a secretária municipal de saúde para uma possível adesão da cidade ao serviço.

 

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