(FOTOS DIVULGAÇÃO SEDA)
As características são marcantes, seja no sabor, no cheiro ou na cor. Um dos mais tradicionais frutos cultivados em Minas, o pequi ganha espaço com a estruturação de políticas públicas. Existe uma legislação própria e até programas específicos criados pelo governo do Estado.
É o caso da Lei Estadual 13.965/2001, regulamentada em 2013, que criou o Programa Mineiro de Cultivo do Pequi e outros Frutos do Cerrado. Por meio da norma, foi instituído o Conselho Diretor Pró-Pequi. O órgão é vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) e tem a responsabilidade de acompanhar e executar ações.
Ao lado da mangaba, buriti, coquinho azedo, coco macaúba, araçá, murici e umbu, o pequi é beneficiado com a aplicação de recursos em editais que fomentam a cadeia produtiva.
“É uma medida muito importante que, aos poucos, vai trazendo resultados aos produtores rurais, pois apresenta iniciativas que contribuem para a geração de renda de quem tira o sustento da cultura do pequi”, avalia o integrante do Núcleo Gestor da Cadeia do Pequi, José Antônio dos Santos, que é também coordenador da Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais de Japonvar.
FOMENTO
Terminam amanhã as inscrições para a seleção do chamado Termo de Fomento com Organizações da Sociedade Civil (OSC). O edital vai selecionar três propostas para custeio e investimento em equipamentos e máquinas, compra de matéria-prima e cultivo. Cada uma receberá R$ 167 mil.
São aguardados projetos de organizações que estejam na área de abrangência do Cerrado e da Caatinga. O presidente do Conselho Pró-Pequi e o secretário-adjunto de Estado de Desenvolvimento Agrário, Alexandre Chumbinho, diz que os investimentos em editais lançados neste ano chegam a quase R$ 900 mil.
“Isso é significativo, pois estamos investindo em meio a um cenário de dificuldades financeiras do Estado e do país”, afirma Chumbinho. Ele também disse que uma das estratégias do conselho é agregar valor aos produtos, com o processamento dos frutos na própria região, gerando emprego e renda aos municípios, de modo a evitar o êxodo rural. De acordo com o governo de Minas, os editais foram propostos e deliberados com a participação da sociedade.