IMA estimula regularização da cachaça para evitar venda clandestina da bebida

Hoje em Dia - Belo Horizonte
08/08/2020 às 03:41.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:14
 (PM/DIVULGAÇÃO)

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A tradicional cachaça de Minas, cujo processo de produção em alambique é reconhecido como patrimônio cultural, gera emprego e renda para a população e um negócio de muitos milhões por ano. Mas a regularização da produção é essencial para que seja oferecido ao mercado uma bebida de qualidade.

Ontem, quatro pessoas foram presas suspeitas de adulteração de bebidas alcoólicas no bairro Vila Exposição, em Montes Claros.

No depósito clandestino, o etanol era armazenado em tambores d’água, onde o produto era envasado e vendido como cachaça. Na operação foram apreendidos um caminhão tanque, um carro de passeio, cinco aparelhos celulares, a quantia de R$ 16.538 e uma imensa quantidade de cachaça adulterada e etanol.

O risco à saúde de quem consome o produto clandestino é grande e o prejuízo aos cofres públicos também. Além de não contribuir para a geração de emprego e renda. Por isso, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tem realizado diversas ações de estímulo e conscientização para a regularização da produção da cachaça.

No ano passado, o instituto intensificou as fiscalizações no Estado, realizando 475 vistorias em todos os tipos de estabelecimentos relacionados à cachaça – da produção até as vendas. Mais de 3,5 milhões de litros de cachaça/aguardente foram monitorados e cerca de mil ações realizadas junto aos públicos interessados.

NORTE PRODUTOR
De acordo com o IMA, o Norte de Minas é responsável por 40% dos estabelecimentos produtores da bebida. A região tem se informado e buscado atender às medidas legais, para evitar penalizações, incentivando a qualidade e o aprimoramento da bebida, contribuindo com a saúde pública. 

Norte é referência na produção da ‘branquinha’
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) referentes a 2019, existem no Brasil 894 estabelecimentos produtores de cachaça registrados. Minas Gerais ocupa a primeira posição, com 375, número que é quase o triplo do segundo colocado, São Paulo.

As cidades mineiras Salinas, Córrego Fundo e Januária são as que possuem mais estabelecimentos com registro. O Estado também é líder no número de marcas do produto, com 1.680 cachaças. São Paulo vem em seguida, com 527 marcas.

CAPITAL MUNDIAL
É também no Norte de Minas que fica a capital mundial da cachaça - Salinas. O município concentra mais de 50 marcas de cachaça e cerca de 15 milhões de litros da bebida são produzidos anualmente por lá.

A produção de cachaça gera uma receita anual de R$ 12 milhões, com 1.500 empregos diretos e indiretos. São 312 estabelecimentos que possuem reconhecimento, como indicação geográfica para a produção da bebida.

“As políticas públicas estimulam a regularização e conscientizam a população quanto ao consumo exclusivo de bebidas registradas. Mesmo durante a pandemia, o IMA está presente nas Câmaras Técnicas promovidas pelo governo de Minas, nas quais servidores se reúnem de forma integrada com a Seapa e sua vinculada Emater-MG, além de entidades como Faemg, Fetaemg, Fiemg, Anpaq e, ainda, empresas da iniciativa privada que compõem o setor”, enfatiza Lucas Guimarães, gerente de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do IMA e engenheiro agrônomo.

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