IMA alerta suinocultores sobre riscos da peste suína africana

Ações preventivas e procedimentos de biosseguridade têm impedido a entrada da doença em Minas, que pode provocar perdas econômicas

Da Redação*
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14/08/2021 às 00:16.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:41
 (Daniel Kirsch/Pixabay)

(Daniel Kirsch/Pixabay)

Após a identificação de ocorrências de Peste Suína Africana (PSA), em julho deste ano, na República Dominicana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou a campanha Brasil Livre de PSA. A ação mobiliza a Defesa Sanitária Animal de todos os estados sobre as medidas necessárias para impedir a entrada da doença no Brasil. O país não registra casos desde 1980.

Em Minas, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tem alertado os suinocultores a reforçarem a biosseguridade nas granjas. Coordenadora estadual do Programa de Sanidade Suídea, a médica veterinária do IMA Júnia Mafra, alinhada ao Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (Gepesa), reforça que a prevenção e o controle da doença são essenciais.

A ocorrência nos rebanhos provoca mortalidade nos animais, gerando perdas econômicas para a cadeia produtiva do setor. “Em caráter emergencial, o Mapa convocou o Gepesa, grupo formado por técnicos e especialistas das organizações associadas em todo o país, para discutir medidas sanitárias junto aos criadores de suínos. Os produtores não devem alimentar os animais com restos de comida ou os submeterem à criação em lixões ou aterros sanitários”, explica Júnia Mafra.
 
BIOSSEGURIDADE
Outra medida, segundo a veterinária, é reforçar a biosseguridade das granjas, o contato com javalis e javaporcos ou de suínos de subsistência. “As visitas nos locais em que eles vivem também devem ser evitadas”, alerta a médica veterinária.

Para fortalecer o sistema de prevenção, vigilância e resposta a emergências ao IMA, a biosseguridade deve ser reforçada mantendo os suínos que serão introduzidos no plantel em quarentena. Também é essencial adquirir animais exclusivamente de reprodutores provenientes de granjas certificadas.

“Nos reunimos com o Comitê Estadual de Sanidade Suídea de Minas enfatizando a necessidade da emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), importante documento sanitário para o deslocamento seguro dos suínos e da notificação de qualquer suspeita da doença”, afirma Júnia Mafra.

A coordenadora acrescenta que o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos fortalece a capacidade de detecção precoce de casos de PSA.

“O Plano Integrado é uma nova estratégia. A suspeita da doença deve ser notificada imediatamente ao IMA para que ele promova as atividades de investigação epidemiológica no estado”, explica.

Cartilha traz orientações
O IMA elaborou a cartilha “Peste Suína Africana e Peste Suína Clássica – Vamos juntos impedir que cheguem em Minas”, com medidas de prevenção e descrição das doenças. O material está disponível no site ima.mg.gov.br/defesa-animal/programas-sanitarios/suideos. 

No caso de aumento na taxa de mortalidade dos suínos ou de aparecimento de sintomas nos animais, o produtor ou o responsável pela granja ou pelo criatório devem entrar em contato com uma das unidades do IMA no Estado.

*Com Agência Minas


 

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