(CODEVASF/DIVULGACAO)
O Projeto Hidroagrícola Jequitaí, no Norte de Minas, poderá ser retomado nos próximos meses, com a injeção de novos recursos. O comando das responsabilidades de gestão ambiental, social e fundiária foi transferido ao Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). Antes, a coordenação era feita por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O vice-governador de Minas, Paulo Brant, destaca que o instituto está entrando no comando de uma obra fundamental para o desenvolvimento econômico da região.
A medida vai garantir o abastecimento de municípios que enfrentam problemas com a escassez de água. “Queremos trabalhar e entregar as barragens Jequitaí I e II e transformar a área, solucionando o problema hídrico”, complementa o subsecretário de Desenvolvimento Integrado e diretor-geral do Idene, Nilson Borges.
TERMO DE COOPERAÇÃO
Ao assumir a gestão do projeto Jequitaí, o Idene, pela condição administrativa de autarquia, pode acelerar ações, inclusive para licitação e contratação de serviços. Em um mês, deve ser assinado termo de cooperação com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), que tem uma superintendência em Montes Claros, para anunciar recursos federais.
PERFIL DAS BARRAGENS
O projeto hidroagrícola vai beneficiar 16 municípios, com 630 mil habitantes, ao todo. A obra prevê a construção de duas barragens de concreto, sendo a primeira formada por um lago de 9 mil hectares, que se estenderá pelas cidades de Jequitaí, Francisco Dumont e Claro dos Poções. A segunda terá capacidade para irrigar 35 mil hectares. Uma área de preservação permanente, com cerca de 2,1 mil hectares será implantada no entorno das estruturas.
A barragem 1 será destinada a múltiplos usos, como abastecimento de municípios vizinhos, controle de cheias, geração de energia, piscicultura, turismo e lazer. Já a barragem 2 tem como principal função abastecer os canais de irrigação e gerar 12,4 megawatts de energia.
RECURSOS E OBRAS
Logo no início da pandemia pelo novo coronavírus, no começo de abril, o governo do Estado anunciou a suspensão das obras em Jequitaí por pelo menos 30 dias como medida de segurança.
A decisão causou preocupação em vários setores, inclusive ao senador mineiro Rodrigo Pacheco. O líder do Democratas no Senado abraçou a causa do projeto e conseguiu, em dezembro do ano passado, a aprovação de R$ 79 milhões para a retomada do empreendimento.
Deste valor, R$ 50 milhões foram conseguidos por meio do empenho pessoal de Pacheco junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do então ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Outros R$ 24 milhões são provenientes de emenda de bancada e R$ 5 milhões são referentes a contrapartida do governo do Estado.
* Com Agência Minas