Minas Gerais abriga mais de 400 quilombos certificados pela Fundação Cultural Palmares (FCP). No Norte de Minas, muitas comunidades ficam às margens do rio São Francisco. Apesar de estarem bem pulverizadas pela região, têm papel importante na preservação da cultura e de biomas.

Pensando nisso, uma cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e a Fundação Cultural Palmares pretende desenvolver um trabalho de valorização da cultura e de fomento ao etnoturismo nas comunidades quilombolas de Minas.

A partir de um mapeamento, já estão sendo apuradas as informações para embasar o planejamento com alternativas viáveis ao desenvolvimento econômico e social dessas comunidades a partir do turismo.

“A iniciativa vai contribuir para o desenvolvimento sustentável dos quilombos e da preservação das florestas nativas”, afirma o coordenador Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Sedese, Clever Alves Machado.

Segundo Machado, as comunidades atuam na manutenção dos biomas, assim como os indígenas, os ciganos, geraizeiros e demais povos tradicionais. A pasta está inserindo o etnoturismo no planejamento estratégico para atender demandas apresentadas pelas comunidades durante as conferências da Igualdade Racial ocorridas entre os anos de 2005 e 2018.

“As comunidades quilombolas já atraem os olhos do mundo inteiro por suas práticas tradicionais de agricultura e espiritualidade. Vamos valorizar a sua identidade, para que o seu desenvolvimento econômico seja de fato alcançado”, afirma Clever Machado.

De acordo com o subsecretário de Direitos Humanos, Thiago Horta, o objetivo da troca de experiências e informações entre os órgãos é para, em um primeiro momento, levantar todas as informações e demandas das comunidades.

“Os dados subsidiarão a implementação das políticas públicas que valorizem a atuação histórica das comunidades, além de estimular o etnoturismo dentro delas”, destaca o subsecretário.

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