Empresa vai aplicar R$ 500 milhões em usinas fotovoltaicas em 22 municípios do Norte de Minas

Christine Antonini
O NORTE
30/07/2020 às 02:07.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:09
 (vander rodrigues/divulgação)

(vander rodrigues/divulgação)

O Norte de Minas será alvo de investimentos da ordem de R$ 500 milhões. E o setor a receber essa injeção financeira é o da energia solar, consolidando a região ainda mais como polo da geração fotovoltaica no país.

O novo projeto que deve movimentar a economia norte-mineira é da Empresa Mineira de Geração Distribuída (EMGD), que vai construir mais 35 usinas fotovoltaicas, chegando a 22 municípios do semiárido mineiro. O projeto foi anunciado pouco mais de um mês após a finalização da primeira unidade da empresa em Pirapora.

A expectativa é a de que os empreendimentos, que devem ser instalados dentro de quatro anos, gerem mais de 1.500 postos de trabalho indireto durante o período de construção e quase 200 vagas permanentes.

A usina construída em Pirapora foi o primeiro passo do grupo para a realização do projeto. Batizada de UFV Corvina e com potência total de 6 megawatts-pico (MWp), ocupa uma área de 11 hectares, o equivalente a 15 campos de futebol.

A usina conta com 15 mil placas fotovoltaicas capazes de fornecer cerca de 925 mil quilowatts-hora por mês, o suficiente para suprir o consumo de 600 empresários, público-alvo do negócio, que aluguem a cota mínima exigida.

A UFV Corvina estará em pleno funcionamento em meados de agosto. A ideia é que os empresários interessados em possuir a energia solar aluguem cotas capazes de produzir a energia que eles consomem junto à Cemig, gerando desconto nas contas de luz. 

O modelo de negócio é baseado na compensação energética. A EMGD garante redução de custos na conta de luz de clientes que alugam lotes na fazenda solar. Os descontos variam entre 10% e 18%, de acordo com o porte da empresa – industrial ou comercial, respectivamente. 

O aluguel de uma cota capaz de gerar 5.000 kWh/mês consegue reduzir por ano a emissão de, aproximadamente, 1,4 tonelada de CO2, o equivalente ao plantio de 11 árvores.
 
REDUÇÃO DE GASTO
Uma das empresas que utilizará a energia gerada pela Corvina é a Montanha de Minas, localizada em Belo Horizonte. Atuando no ramo de distribuição de alimentos, como cortes de frango e queijos artesanais, ela gasta, em média, R$ 1.500 por mês com energia. 

“Pensamos em todos os fatores antes de aderir a uma cota. Primeiramente, gostamos da proposta por ser uma energia renovável, que oferece sustentabilidade ao meio ambiente, e outro ponto é a redução financeira que teremos, muito importante para nosso negócio”, afirma Clélio Assis, dono da Montanha de Minas. 

SAIBA MAIS
Com a ampliação das usinas fotovoltaicas, o grupo pretende atender pelo menos 10 mil empresas mineiras. Futuramente, o empreendimento planeja levar o benefício da energia limpa e do desconto na conta de luz às pessoas físicas. “A contribuição da EMGD ao povo do Estado vai muito além dos descontos viabilizados através da compensação energética. Transcende também as benesses ambientais resultantes da geração de uma energia limpa e renovável. A cada usina fotovoltaica desenvolvida, a empresa desempenha um papel social de suma importância, reduzindo as desigualdades sociais e regionais das localidades onde se insere”, pondera André Sallum, diretor controller da EMGD. 

NA PRÁTICA
A Empresa Mineira de Geração Distribuída viabiliza a economia na conta de luz do empresariado mineiro através de compensação energética. O cliente aluga uma cota de produção de energia capaz de suprir sua média de consumo. Essa produção mensal, realizada nas usinas fotovoltaicas, alimenta a rede da Cemig que, por sua vez, abate do consumo registrado na conta de energia daquele mês, gerando economia média de até 18%, se comparado ao valor normal que o cliente pagaria. 

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