Eleição para o Cisrun poderá ter duas chapas

Justiça dá prazo para municípios inadimplentes se regularizarem e participar do pleito

Márcia Vieira
11/01/2019 às 06:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:58
 (ASSESSORIA SAMU)

(ASSESSORIA SAMU)

A eleição que definirá a chapa que irá comandar o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun/Samu), para o biênio 2019/2020, ganhou mais um capítulo ontem. A Justiça determinou que os cinco municípios que estariam inadimplentes e, portanto, inaptos a participar do pleito, terão cinco dias para regularizar a situação.

Marcada para 18 de janeiro, a eleição teria apenas uma chapa, com o candidato Silvanei Batista (PSB), prefeito de Porteirinha e atual presidente do órgão.

O prazo para o registro de candidaturas havia se encerrado em 14 de dezembro de 2018, quando a chapa encabeçada pelo prefeito de Claro dos Poções, Norberto Marcelino (PDT), foi considerada inabilitada para disputar o pleito. No entanto, o grupo entrou com recurso e o juiz Francisco Lacerda, da 2ª Vara Empresarial e de Fazenda Pública concedeu a tutela pleiteada pelo prefeito.

Com a decisão judicial, os cinco municípios que estariam inadimplentes ganham prazo para regularizar a situação e participar do pleito.

A reportagem de O NORTE não conseguiu falar com Norberto Marcelino, mas, em conversa com o candidato a vice, Sebastião Medeiros, prefeito de Pedras de Maria da Cruz (PHS), ele afirmou que houve confusão no processo.

“O prazo para apresentação da chapa foi em 14 de dezembro, mas eles só nos apresentaram a lista dos inadimplentes no dia 17, desse modo não foi possível regularizar a situação daqueles que estavam irregulares. Muitos deles nem sabiam. O juiz acatou a nossa reclamação e vai ser possível a candidatura, uma vez que, dos cinco municípios apontados, três já estão regularizados e os outros vão cumprir o prazo”, alega Sebastião.

O candidato afirma que está na expectativa de que o novo governador do Estado, Romeu Zema, dê mais atenção ao Samu e comemora o recebimento de cerca de R$ 100 mil já liberados pelo governador, da dívida de R$ 4 milhões com o município.

“Se a nossa chapa for a vencedora, pensamos em implementar uma forma de cobrança de maneira que os municípios não fiquem devendo o Samu. Sabemos da dificuldade dos caixas da prefeitura, não estamos criticando a atuação do presidente, do Samu, mas faltou uma cobrança mais efetiva. Buscar o aumento da frota de veículos do Samu também é uma das nossas metas”, disse Sebastião.

Dos 86 municípios de abrangência do Samu, apenas 37 estavam com as contas em dia. Para formação da chapa são necessários 22, deste modo, o restante seria insuficiente para compor outra chapa. Silvanei Batista assinala que todo o processo eleitoral da entidade é transparente e baseado nas regras e diretrizes do estatuto do Cisrun.

“Confio no trabalho do corpo técnico da instituição e na Justiça. Nosso objetivo é permanecer trabalhando para dar continuidade à excelência do serviço”, disse o prefeito, que em reportagem recente de O NORTE citou a proposta de ampliar as bases descentralizadas do Samu Macro Norte, que hoje são em 36, além do complexo de regulação em Montes Claros, que conta com uma frota de 47 ambulâncias.

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