Elas são as donas do pedaço

Contrariando o cenário mundial, mineiras se destacam no campo da pesquisa

Christine Antonini - Repórter
O Norte - Montes Claros
12/02/2020 às 08:23.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:36
 (DIVULGAÇÃO)

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Em Minas Gerais, as mulheres têm espaço garantido na ciência. E elas não perdem a oportunidade e mostram do que são capazes. Diferentemente do cenário nacional, onde são minoria, no Estado elas mandam ver. Dos 1.291 pesquisadores de pós-graduação bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), 61% foram mulheres no ano passado.

Em Montes Claros, 54,5% das bolsas financiadas pelo Programa de Apoio à Pós-Graduação (PAPG) são delas. Ontem foi celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e O NORTE homenageia essas pesquisadoras que, aqui na região, têm papel fundamental nas pesquisas para agricultura alternativa e projetos sustentáveis que contribuem com o meio ambiente e prevenção de doenças. 

Grande parte dos projetos desenvolvidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), por exemplo, com sede em Nova Porteirinha, é executada por mulheres.

Seis cientistas desenvolvem pesquisas no ramo da micropropa-gação de plantas ornamentais e frutíferas, fruticultura, na atuação de ematoides (vermes que atacam as plantas) e doenças (fungos, bactérias) e também pesquisas na área de fisiologia pós-colheita de produtos frescos e perecíveis. 

“Trabalhamos especialmente com seleção de genótipos mais tolerantes à seca e técnicas de irrigação que visam economia no consumo de água em fruteiras tropicais no Norte de Minas. O desenvolvimento de pesquisas na área de irrigação em fruteiras é extremamente importante para a região, polo da fruticultura irrigada mineira. Além disso, o desenvolvimento de técnicas que propiciem redução da lâmina de irrigação representa, em termos regionais, um alto impacto ambiental pela redução da demanda hídrica”, explica Polyanna Mara de Oliveira, uma das pesquisadoras.

A engenheira agrônoma com doutorado em zootecnia Leidy Darmony de Almeida Rufino assumiu ontem a chefia da Epamig Norte. Filha de produtor rural, desde criança acompanhava o pai na fazenda e, por isso, escolheu a profissão. Ela conta que tem o objetivo de contribuir com a região, que sofre com a seca. “O Norte de Minas passa por anos de sucessivas crises hídricas e um problema enfrentado pelos produtores da região é a dificuldade em produzir alimento para o gado. Me especializei na área de forragicultura e pastagens e trabalho atualmente com forrageiras adaptadas ao semiárido, com o desejo de contribuir para o desenvolvimento da região”.
 

“Me especializei na área de forragicultura e pastagens e trabalho com forrageiras adaptadas ao semiárido, com o desejo de contribuir para o desenvolvimento da região” Leidy Darmony de Almeida Rufino Engenheira agrônoma com doutorado em zootecnia
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