Distribuição de raquetes de palma forrageira dribla período de estiagem

Da Redação*
O NORTE
11/09/2021 às 00:38.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:51
 (epamig/divulgação)

(epamig/divulgação)

“Orelha de Elefante Mexicana”, “Miúda” e “Sertânia”. Genótipos de palma forrageira que serão distribuídos a agricultores do semiárido mineiro. A medida, feita anualmente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), tem o objetivo de garantir a alimentação para o rebanho na região castigada pela estiagem.

A entrega das raquetes de palma ocorre no Campo Experimental de Gorutuba, em Nova Porteirinha. A iniciativa integra os trabalhos da Rede Palma, programa criado em 2017 com o objetivo de distribuir e multiplicar mudas de palma forrageira em municípios mineiros afetados por longos períodos de estiagem, o que compromete a alimentação de rebanhos bovinos, ovinos e caprinos.

Segundo a pesquisadora da Epamig, Polyanna de Oliveira, os três genótipos de palma distribuídos neste ano são resistentes à cochonilha do carmim, praga que ataca plantios e pode dizimar palmais. 

“Em Minas Gerais, essa praga ainda não foi identificada. Por isso a importância de implantar palmais já com os genótipos que são resistentes”, explica.

Como alimento incorporado à dieta animal, a palma forrageira possui características energéticas e pode ser utilizada em substituição total ou parcial de alimentos tradicionais, como o milho. Além disso, a palma se destaca por altos índices de produtividade por hectare e teores de nutrientes favoráveis ao desempenho dos rebanhos mesmo durante a seca.

As raquetes de palma que são distribuídas não têm custo para os produtores. Contudo, algumas contrapartidas deverão ser observadas, como a implantação correta dos campos de multiplicação e a condução dos plantios de acordo com as recomendações técnicas. 

Além disso, alguns produtores são responsáveis por sediar unidades demonstrativas de palma forrageira em suas propriedades. As unidades são importantes para que pesquisadores da Epamig acompanhem o desenvolvimento da palma em diferentes municípios. Para esses produtores, a contrapartida para participar da Rede Palma é retornar ao programa a mesma quantidade de raquetes recebidas.

Ainda segundo Polyanna, em 2021 estão previstas as implantações de 19 unidades demonstrativas e 576 unidades de multiplicação de palma forrageira. Devido a alta demanda, novos produtores interessados em receber as raquetes são encaminhados para uma lista de espera.

PALMATECH 2021

Para aprofundar ainda mais a discussão sobre palma forrageira no Norte de Minas, a Epamig realiza o 2º Palmatech entre os dias 20 e 24 de setembro. O evento on-line vai reunir pesquisadores, técnicos, produtores, estudantes e demais interessados para o repasse de tecnologias e definições de estratégias.

As inscrições são feitas no site www.palmatech.com.br. Entre os destaques da programação está o 1° Simpósio Mineiro sobre a Cultura da Palma Forrageira (SimpaIma), evento técnico-científico composto por painéis temáticos, palestras e apresentação de trabalhos.

A programação do 2° Palmatech também conta com o Palmathon, maratona com a função de desenvolver soluções para o problema da mecanização da palma forrageira. Entre os dias 13 e 24 de setembro, os participantes serão estimulados por grandes mentores com foco na inovação e desenvolvimento de novas tecnologias para o setor.

As inscrições para o Palmathon são gratuitas. É necessário ser maior de 14 anos, ter acesso a uma conexão de internet e ter interesse em desenvolver soluções ligadas ao ecossistema da palma forrageira. Também estão aptos os profissionais do agronegócio, produtores rurais e empresários.

*Com informações da Epamig

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