Detentos reforçam combate a incêndios

Inicialmente, 13 presos trabalharão nas bases do Previncêndio de BH, Januária e Curvelo

Da Redação*
03/10/2019 às 07:02.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:02
 (EDUARDO GOMES/DIVULGAÇÃO)

(EDUARDO GOMES/DIVULGAÇÃO)

Minas irá utilizar a mão de obra de detentos para fortalecer o combate a incêndios florestais no Estado. Inicialmente, 13 presos atuarão nas ocorrências em unidades de conservação. O trabalho está previsto para começar ainda neste mês.

O reforço foi possível em função de uma parceria entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Além de favorecer a proteção nas áreas de proteção, ajuda na ressocialização dos detentos.

Os primeiros reforços serão nas bases operacionais do Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Previncêndio) em Belo Horizonte; Januária, no Norte de Minas; e Curvelo, na região Central.

“O programa é um marco para as ações do IEF pois, além de criar condições para alocar mão de obra para a realização de nossas atividades, permite que o instituto ofereça uma oportunidade para a ressocialização de presos. Esta é uma responsabilidade de toda a sociedade e o IEF está assumindo o compromisso de dar sua colaboração com esta tarefa”, destaca o diretor-geral do órgão, Antônio Malard.

A parceria do instituto com a Sejusp foi firmada por meio do Programa Manutenir, que consiste na oferta de presos para trabalhar em serviços de manutenção, construção e reparos em órgãos do Executivo estadual. Como benefício, os detentos recebem três quartos do salário mínimo e têm direito à remição de pena – a cada três dias trabalhados, eles têm redução de um dia no cumprimento da sentença.

Os detentos alocados nesse programa serão capacitados pelos coordenadores das unidades operacionais e da gerência do Previncêndio para atuar nos combates e em ações preventivas.

O diretor de Unidades de Conservação do IEF, Cláudio Vieira Castro, observa que o programa está apenas começando. “Temos um grande potencial de aproveitamento da mão de obra carcerária em diversas atividades relacionadas às nossas unidades de conservação. Por isso, nossas equipes estão empenhadas em consolidar e ampliar o programa”, frisa.
 
DESTRUIÇÃO
Em setembro, Montes Claros viu várias áreas verdes arderem em chamas. O incêndio de maior destaque foi na Serra do Mel, que levou cinco dias para ser controlado pelo Corpo de Bombeiros, com ajuda de brigadistas voluntários, Exército e aeronaves.

Mais de 80 hectares da reserva foram devastados pelas chamas, que ameaçaram atingir o Parque Estadual Lapa Grande – maior preocupação, diante da riqueza ambiental dessa área e por ser responsável por 35% do abastecimento de água em Montes Claros.
*Com Agência Minas

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