Desaceleração não é motivo para relaxar, alerta Fiocruz

Da Redação*
O NORTE
15/04/2021 às 00:31.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:41
 (Governo do Rio de Janeiro/Divulgação)

(Governo do Rio de Janeiro/Divulgação)

Apesar de uma desaceleração nos índices de contaminação pelo novo coronavírus e de ocupação de leitos, com algumas flexibilizações tanto em cidades mineiras quanto no país, ainda não é possível relaxar com os cuidados sanitários de proteção contra o vírus, como o distanciamento social, a higienização constante das mãos e a vacinação.

O alerta foi dado ontem pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que acredita que a pandemia deve permanecer em níveis preocupantes ainda ao longo deste mês. 

Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da instituição, divulgado nesta quarta-feira (14), constata que na Semana Epidemiológica 14 – período compreendido entre 4 e 10 de abril – a tendência de alta de transmissão da doença se manteve no país com valores recordes no número de óbitos, atingindo uma média de 3.020 mortos por dia, e um aumento de novos casos, com média de 70,2 mil confirmações diárias. A análise aponta também que a sobrecarga dos hospitais continuou em níveis críticos no período.

A alta proporção de testes com resultados positivos revela que, durante esse período, o vírus permanece em circulação intensa em todo o país. 
 
NOVO PATAMAR
Segundo os pesquisadores do observatório, o quadro epidemiológico pode representar a desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e óbitos.

Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) se manteve predominantemente estável e muito elevada. 
 
AÇÕES
Para controlar a disseminação da pandemia e preservar vidas, os pesquisadores reforçam que é fundamental que os municípios brasileiros, em especial dentro das regiões metropolitanas, adotem medidas convergentes e sinérgicas.

“As medidas de restrição de mobilidade e de algumas atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e estados, estão produzindo êxitos localizados e podem resultar na redução dos casos graves da doença nas próximas semanas. No entanto, ainda não tiveram impacto sobre o número de óbitos e no alívio das demandas hospitalares. A flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”, alertaram os pesquisadores da Fiocruz.
 
MINAS
Nesta quinta-feira, o governo mineiro vai divulgar o resultado da reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, que acontece nesta mesma data. A expectativa é a de que cidades de quase todas as regiões do Estado deixem a “Onda Roxa”, fase mais restritiva adotada pelo governo para frear o avanço da Covid-19 no território.

Em Belo Horizonte, a decisão sobre a flexibilização do comércio, que poderia ser anunciada nesta quarta (14), foi adiada e só deve ser conhecida na próxima sexta (16).

*Com Agência Brasil e Hoje em Dia

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