Dada a largada para projeto hidroagrícola em Jequitaí

Projeto vai beneficiar 150 mil pessoas em 19 cidades norte-mineiras e gerar emprego e renda

Márcia Vieira
O NORTE
16/12/2021 às 00:31.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:33
 (codevasf/divulgação)

(codevasf/divulgação)

O Projeto Jequitaí ganha força com a autorização do Ministério do Desenvolvimento Regional para início dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para instalação do projeto Hidroagrícola em Minas Gerais. A iniciativa vai beneficiar 150 mil pessoas distribuídas em 19 municípios do Estado por meio da geração de emprego e renda. O projeto será implantado em uma área de 35 mil hectares.

A execução ficará a cargo do consórcio que reúne as empresas Fortaleza Santa Terezinha, CPD e Aroeira, que tem um prazo de 90 dias para entregar o estudo.

De acordo com Fernando Brito, chefe de Gabinete da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com sede em Montes Claros, o grande ganho é a abertura para investimento da iniciativa privada.

“É uma modalidade nova de investimento em obras estruturantes. Foi lançado edital para quem tivesse intenção de investir em obras do governo e venceu o consórcio, que tem ramificações na região, com fazendas em Jequitaí e São João da Ponte. A iniciativa torna o processo mais célere”, explica Fernando.

Em contrapartida, o consórcio ganha o direito de explorar a distribuição de energia elétrica e de água. O lago será explorado como se fosse uma obra executada pelo governo e há previsão de turismo e lazer na região.
 
COMPLEXO TURÍSTICO
O projeto Jequitaí inclui, além do perímetro público de irrigação a ser implantado pelo consórcio, a construção das barragens 1 e 2. A primeira está em fase avançada, de acordo com o técnico da Codevasf.

Foram aplicados cerca de R$ 180 milhões por parte do governo federal, mais R$ 60 milhões em execução, e R$ 30 milhões em questões ambientais. Parte desse orçamento tem participação do governo do Estado, que se comprometeu a arcar com 10% de investimento.

Para conclusão de todo o processo será necessária uma média de R$ 190 milhões. A liberação ocorre por etapas e a participação da iniciativa privada é vista com bons olhos.

Sobre a barragem de Jequitaí 1, sob a tutela da Codevasf, Fernando informa que “foi feita a desapropriação de terras, a parte de licenciamento foi superada e está sendo feito todo o trabalho ambiental”.

Com relação à questão fundiária, ele destaca que 85% das terras inundadas foram adquiridas, assim como 50% das terras onde serão assentados os expropriados. Também foram feitas a reforma das pontes e galerias e realocação das linhas de energia para um novo traçado, executada pela Cemig por meio de contrato. Foram identificados 23 pontos arqueológicos que serão resgatados.

O projeto Jequitaí vai beneficiar diretamente o município de mesmo nome, Claro dos Poções e Francisco Dumont, mas outros 16 no entorno poderão usufruir das intervenções.

“É uma fonte de água para mais de 600 mil pessoas. Não há risco de enchentes. Pelo contrário, vai regularizar o rio e a barragem está sendo feita com a tecnologia CCR (concreto compactado a rolo), que foi usada pela Codevasf pela primeira vez em Gameleira, próximo a Monte Azul. Houve muito estudo e atualizações para equalizar e trazer mais segurança”, afirma Fernando Brito.

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