Alexsandro Mesquita
Correspondente
GLAUCILÂNDIA – Há aproximadamente quatro meses dona Miliana Ferreira de Freitas, aposentada, moradora da zona rural pagava cerca de R$ 5 de passagem para receber a aposentadoria em Juramento por causa da desativação do correspondente bancário Caixa aqui. E diante da dificuldade ela dizia.
- Seja o que Deus quiser.
Os moradores esperavam a renegociação do contrato entre a Caixa econômica federal e o comerciante Luiz Adair Gonçalves dos Santos para que o Caixa aqui continuasse instalado na mercearia. Não houve a renegociação e a comunidade ficou na expectativa do que iria acontecer.
Pois bem, Deus quis e ouviu dona Miliana. No final da última semana, os aposentados e moradores deste município se aliviaram ao ver novamente o movimento para montar o correspondente bancário. Agora, como também foi divulgado pelo O Norte anteriormente, quando a CEF disse que as negociações com o proprietário do posto de medicamentos estavam adiantadas, o equipamento já se encontra no local.
Alvimar diz que a Caixa aqui é importante para o povo
e também para seu comércio (Foto: Alexsandro Mesquita)
EM UMA SEMANA
Avilmar Silva disse que para o sistema entrar em funcionamento só depende da manutenção e, ainda, de um treinamento, mas que no máximo dentro de uma semana o Caixa aqui estará atendendo, o que para ele é muito bom.
- Vai manter o comércio ativo, porque depois que o sistema foi desativado o movimento caiu. Onde o pessoal recebe pagamento, lá mesmo eles deixam o dinheiro - ressalta o comerciante.
Ele ainda diz, assim como o outro comerciante, que, realmente, o que se recebe pelo serviço é pouco. Mas enfatiza que a população precisa do serviço.
- E eu, do cliente, o que também ajuda a crescer o meu estabelecimento. Coisa que já não é mais do interesse de alguns comerciantes locais, porque talvez não precisem mais do cliente, já estão ricos.
PROVIDENCIAL
Hoje, quem está feliz também é Maria das Dores Fernandes. Com 65 anos de idade ela mal sai de casa por conta de um problema de saúde. A moradora concorda com Avilmar Silva e diz que tirando o dinheiro aqui é bom para o comércio local.
- Agora vai ficar bom, não preciso mais tomar um ônibus e ir até Montes Claros. Quando é para revalidar o cartão, aí não tem jeito. Tenho que ir. Mas o resto das coisas, pagar contas de telefone, água, eu mesma faço aqui - completa a aposentada.
Isaura Silva, que é funcionária e irmã do comerciante, por sua vez mostra sensatez ao dizer que o Caixa aqui vai ser de utilidade para a população, além de facilitar a vida das pessoas, mas que na realidade é uma prestação de serviço.
- Ao mesmo tempo em que facilita a vida das pessoas traz clientes para o estabelecimento - conclui.