A conta de luz vai ficar mais cara em Minas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem um reajuste médio de 8,73% para os consumidores da Cemig. Para o consumidor residencial, a alta será de 6,93%. Consumidores de baixa tensão, como comércio, terão aumento de 7,89%. Já para os de alta tensão (indústrias), a elevação é de 10,71%. As novas tarifas passam a valer na próxima terça-feira.

A justificativa para o reajuste, conforme a Aneel, é o impacto do aumento dos custos na aquisição de energia, como, por exemplo, da Usina Hidrelétrica de Itaipu, precificada em dólar.

De acordo com a Cemig, o que mais pesou no reajuste foi a escassez de chuvas no ano passado, quando as usinas termelétricas, que são mais caras para produzir energia, foram acionadas constantemente em quase todo o segundo semestre.

O gerente de Tarifa da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, informou que a companhia teve uma despesa adicional de R$ 1,5 bilhão para comprar energia até fevereiro deste ano e garantir o fornecimento aos clientes mineiros. “Apesar do alto custo de produção de energia, as usinas termelétricas são essenciais para garantir o fornecimento dos consumidores em períodos de escassez de chuva, que têm predominado no Brasil nos últimos anos”, disse.

O gerente explicou que o consumidor deve perceber o reajuste total a partir da fatura de junho, com vencimento em julho. A Cemig tem cerca de 8,4 milhões de consumidores, distribuídos em 774 municípios mineiros.

A dona de casa Janete Clea Mariana Silva, conta que vai economizar mais ainda. “A gente fica assustado com tanto aumento. Eu já havia iniciado um plano de economia em casa, usando apenas o necessário e chamando atenção para que toda a família colaborasse. Parece pouco, mas se colocar na ponta do lápis faz muita diferença no fim do mês, ainda mais agora com esse reajuste”, comenta.

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