Com cenário favorável, Norte muda de onda

Região avança para “Onda Amarela”, que prevê mais flexibilização das atividades: mudança é resultado da queda dos indicadores da Covid-19

Da Redação*
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16/07/2021 às 09:51.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:25
 (WALTERSON ROSA/MS/DIVULGAÇÃO)

(WALTERSON ROSA/MS/DIVULGAÇÃO)

A melhora de todos os indicadores da Covid-19 em Minas Gerais revelam que o Estado está na fase de maior controle da pandemia desde o início do ano. Devido à situação mais favorável, o governo decidiu avançar algumas regiões no plano Minas Consciente.

O Comitê Extraordinário Covid-19 aprovou a evolução da macrorregião de saúde Sudeste para a “Onda Verde” do plano estadual. Já as regiões Norte e Sul foram para a “Onda Amarela”. 

Assim, 12 das 15 localidades estão atualmente nas ondas mais flexíveis do plano, criado pelo governo estadual para promover a retomada segura e gradual da economia.

Apenas três regiões se encontram em “Onda Vermelha” – Leste do Sul, Nordeste e Triângulo do Sul –, mas nenhuma delas possui a classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável, o que inviabilizaria, por exemplo, a volta às aulas.

As mudanças entram em vigor a partir deste sábado (17). 
 
INCIDÊNCIA
A taxa de incidência, que mede a circulação do vírus na sociedade, caiu 23% nos últimos 14 dias, e é a oitava menor do país.

Já a confirmação de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada por Covid chegou a 58% na última semana, o menor número desde janeiro.

A positividade, indicador que mede o número de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para Covid-19, também saiu do patamar de 30% a 49% para menos de 30%, variando entre 26% e 28% nas últimas semanas.
 
CIRCULAÇÃO MENOR 
“Isso demonstra que o vírus tem circulado menos e gerado menos necessidade de realização de exames. Além disso, os exames realizados têm demonstrado menos positividade para Covid-19. Lembrando que estamos no inverno, um período de grande circulação de outros vírus que provocam sintomas gripais”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.

Ele ressaltou ainda que os gráficos mostram um descolamento dos casos leves em relação aos casos graves e óbitos, algo que não acontecia no passado.

“Sempre que tínhamos aumento de casos leves, ele levava ao aumento de casos graves e óbitos. Agora, no pico que ocorreu no meio de junho, já não observamos o aumento proporcional nos casos graves e a evolução para óbito”, explicou. 
 
MORTALIDADE
A mortalidade por faixa etária também apresentou uma queda expressiva na população com mais de 60 anos, grupo mais vulnerável à doença. 

“Nas primeiras semanas de 2021 tínhamos um acúmulo de óbitos na faixa etária 60+ de quase 90%. Agora, chegamos a 60%. Ainda é o grupo que mais concentra óbitos, mas com uma proporção muito inferior à que tínhamos antes do início da imunização”, explicou Baccheretti.
 
MONTES CLAROS 
Na maior cidade do Norte de Minas, a taxa de transmissão (RT) da Covid-19 está em 0,97, valor que é considerado dentro do esperado. Acima de 1,0 é faixa de alerta e, de 1,2, zona crítica.

A incidência de casos em Montes Claros também vem caindo, estando bem abaixo da média estadual: 31,8/100 mil habitantes no município contra 51,6/100 mil habitantes em Minas.

Já a mortalidade por Covid que no Estado é de 227,3/100 mil habitantes, em Montes Claros está em 219,6/100 mil habitantes, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo município na última quarta-feira (14). 

O número de mortes de maiores de 60 anos, assim como no Estado, apresenta queda. Em 11 de março, mês de pico da doença em todo o país, os idosos correspondiam a 78% dos óbitos por Covid na cidade. No balanço do último dia 14, eles representavam 66,5% das vidas perdidas para o novo coronavírus.
*Com Agência Minas

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