Cidades do Norte de Minas trabalham na recuperação dos estragos provocados pelos temporais

Larissa Durães
O NORTE
28/01/2022 às 00:44.
Atualizado em 30/01/2022 às 01:07
 (ascom prefeitura de berizal/divulgação)

(ascom prefeitura de berizal/divulgação)

As chuvas deram uma trégua no Norte de Minas, mas o trabalho de recuperação não para nas cidades que sofreram estragos provocados pelos temporais no final de dezembro e início de janeiro. Os prejuízos foram grandes e ainda há muito o que fazer. 

“O trabalho não parou, os danos são muitos”, diz o prefeito de Berizal, João Carlos Lucas Lopes. Ele explica que, na cidade, poucas famílias foram atingidas, mas o maior dano está na zona rural. “Foram embora inúmeras barragens, que levaram estradas junto com elas”, afirma o gestor.

João Carlos afirma que a prefeitura arrendou casas para abrigar quem perdeu a moradia. “Iremos ajudar por três meses, mas, se for necessário, a gente estende o aluguel social se não conseguirmos resolver os problemas em tempo”, garante.

Os recursos para as intervenções necessárias vêm do próprio município, que conseguiu fechar 2021 com crédito. De acordo com o prefeito, a ajuda anunciada pelo governador Romeu Zema em visitas feitas à região ainda não chegou. “O que a gente mais clama hoje é que os governos estadual e federal realmente nos ajudem a recuperar o nosso município”, destaca.

Um levantamento realizado com a Defesa Civil mostra que serão necessários R$ 1,5 milhão para recuperar tudo que foi danificado. 

A cidade recebeu 200 cestas básicas que chegaram para ajudar algumas famílias atingidas pela enchente. “Através de doações, chegaram alimentos e já distribuímos 150 cestas”, explica o prefeito.
 
MÁQUINAS A TODO VAPOR
Em Salinas, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas no fim de dezembro, as ações estão focadas na retirada da lama que atingiu as ruas e invadiu as casas. O maquinário, explica a assessoria de comunicação do município, trabalha para restabelecer os acessos às estradas das comunidades rurais e reconstrução de algumas cabeceiras de pontes que foram destruídas pelas águas.

Cestas básicas, kits de higiene, limpeza, colchões e utensílios domésticos que foram doados para as famílias que perderam seus pertences estão sendo entregues pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Políticas Públicas. No último fim de semana, começou a ser feita a limpeza e desassoreamento do rio Salinas.

Assim como as outras cidades atingidas pelas enchentes, Salinas está trabalhando com recursos próprios. “Apesar de os recursos terem sido anunciados pelo governo do Estado, até o momento, nada chegou ao município. Todas as ações desenvolvidas em resposta ao desastre estão sendo realizadas através de doações, trabalhos voluntários e com os recursos da prefeitura”, informa a assessoria de comunicação.
 
ACESSIBILIDADE
O secretário de Obras e coordenador Municipal de Defesa Civil de Porteirinha, Delvandir José Martins, explica que nesse primeiro momento tem sido dada prioridade para as obras de acessibilidade, restabelecendo as ligações entre a área urbana e a rural.

“Ainda estamos recuperando as estradas vicinais, pontes, passagens, corrigindo alguns atoleiros para que carros possam transitar normalmente”, afirma. Além dessas obras, o secretário diz que estão fazendo tapa-buracos na via principal da cidade, que é a rodovia MGC-122.

Todas as intervenções também são custeadas com recursos municipais. “Ainda não temos ajuda do Estado nem da União”, frisa. Ele diz, no entanto, que há um recurso de R$ 169 mil do Estado para casos emergenciais. “Esse recurso é para cestas básicas, compra de colchões, kit higiene, coisas assim”, afirma.

Ele explica que ainda não foi possível terminar a elaboração dos projetos de recuperação para ser enviado ao Estado e, com isso, obter os recursos prometidos por Zema. 

“Algumas coisas já enviamos, outras ainda estamos catalogando, mas é muita coisa para recuperar. Então, é muito projeto, o que demanda muito tempo para ficar tudo ‘redondinho’ e não ter que ficar consertando depois”, esclarece.

O governo de Minas informou que os recursos ainda não foram liberados porque as documentações que devem ser enviadas pelos municípios, com o histórico dos estragos e pontuando as intervenções necessárias, ainda estão chegando e sendo analisadas. Assim que esse processo for concluído, os repasses serão liberados.

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