Casos desaceleram em Espinosa após lockdown; cidade não registra mortes há duas semanas

Márcia Vieira
O NORTE
26/03/2021 às 00:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:31
 (GIL LEONARDI/IMPRENSA MG/DIVULGAÇÃO)

(GIL LEONARDI/IMPRENSA MG/DIVULGAÇÃO)

Uma das primeiras a adotar o lockdown no Norte de Minas, Espinosa já pode estar colhendo os frutos da medida restritiva. Há duas semanas o município não aparece mais no ranking das dez cidades da região com mais casos e mortes por Covid-19 – em 10 de março, estava na décima posição – nem registra novas mortes pela doença.

Para a assessoria de comunicação do município de 32 mil habitantes, a queda é resultado do fechamento da cidade, ocorrido antes mesmo de o Norte de Minas ingressar na “Onda Roxa”.

Em terceiro lugar no ranking dos dez municípios com maior número de casos e mortes por Covid-19, Pirapora credita o crescimento dos números ao não cumprimento do isolamento por parte da população. 

“A proposta do isolamento é interessante, mas, infelizmente, todos os dias a gente recebe dez denúncias de aglomeração. Então, a gente não consegue mensurar efetividade porque a população não está respeitando. Os comerciantes, que são os mais prejudicados, estão seguindo, grande parte da população seguindo, mas infelizmente as aglomerações não permitem que a gente colha resultados eficientes”, lamenta o secretário de Saúde de Pirapora, Rafael Lana. A cidade soma 2.874 casos e 28 mortes.
 
MAIS JOVENS
Desde 7 de março com medidas restritivas, algumas além do que propõe a “Onda Roxa” do plano estadual Minas Consciente, Montes Claros tem, em média, 300 a 400 novos casos por dia, com picos de até 20 óbitos, como mostra boletim da Secretaria Municipal de Saúde divulgado diariamente.

Nesta quinta-feira (25), a cidade bateu mais um recorde de mortes. Foram 22 novas vítimas fatais, aumentando para 492 o número de óbitos do município. E com uma peculiaridade: metade dos mortos tinha menos de 60 anos.

Mais 392 novos casos foram confirmados, aumentando para 25.050 o número de casos positivos no município. Todos os hospitais estão com a capacidade máxima de ocupação para atendimento e internações, com pacientes aguardando vaga tanto na UTI quanto em leitos clínicos.

“Nas últimas duas semanas nós tivemos um aumento expressivo dos novos casos de Covid, assim como também na taxa de ocupação. Estamos já há duas semanas com a Onda Roxa, e é realmente a única forma de a gente conseguir reduzir a transmissão, já que a prevalência dele tem aumentado muito”, diz a infectologista Cláudia Biscotto.

Segundo ela, a expectativa é a de que comece a se perceber uma redução nas estatísticas nos próximos dias. “A gente espera que, a partir de agora, nas próximas semanas, já se verifique uma diminuição do número de casos e uma redução gradativa da taxa de ocupação. Esta, provavelmente, vai demorar um pouco mais para reduzir, porque os pacientes graves demandam um tempo maior de internação”, explica a médica.

Chegada de mais vacinas
Enquanto os casos de Covid-19 não param de crescer, a esperança de dias melhores vai chegando junto com as novas remessas de vacinas contra a doença. Nesta quinta-feira, o Norte de Minas recebeu um novo carregamento, com 55.500 doses dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca. Esse é o maior volume de doses que a região já recebeu. A distribuição aos municípios começa nesta sexta-feira. 

A recomendação da Superintendência Regional de Saúde é a de que todas as doses sejam utilizadas, sem reserva para a segunda aplicação, de forma a imunizar mais pessoas.

Também hoje o Estado recebe novo carregamento. A décima remessa de vacinas chega a BH com 475.600 doses, sendo 116.600 da AstraZeneca e 359 mil da CoronaVac. A proposta é a de que sejam usadas para vacinar pessoas de 65 a 69 anos.

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