Autoridades mineiras demonstram preocupação com as viagens e festas de fim de ano

Renata Galdino
Hoje em Dia - Belo Horizonte
05/12/2020 às 00:45.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:13
 (Leo Queiroz)

(Leo Queiroz)

Com mais de 19 mil casos de Covid-19 confirmados só nos últimos sete dias, Minas Gerais entra em alerta com a proximidade do Natal. A preocupação é com as possíveis aglomerações em confraternizações. Apesar de as autoridades descartarem uma segunda onda por aqui, fato é que o número de infectados tem subido nas últimas semanas.

Atualmente, a positividade dos exames RT-PRC feitos na rede pública de saúde no Estado é de 31% – uma das maiores durante a pandemia. Em julho, quando foi registrado o pico da doença, esse índice chegou a bater a casa dos 35%.

Chama a atenção, ainda, o número de novos contaminados informado na quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), de 4.635 – é o segundo maior, em 24 horas, desde o início da pandemia. O recorde é de 26 de junho, quando a pasta contabilizou 6.122 registros em um só dia. Na época, muitas notificações estavam desatualizadas no sistema. 

Para frear o avanço do novo coronavírus, o titular da SES, Carlos Eduardo Amaral, aposta na conscientização por parte da própria população. Ele avaliou que a alta na incidência do vírus em Minas foi causada por uma série de fatores, como as viagens nos feriados prolongados, em setembro e outubro, e as eleições realizadas em novembro.

Agora, a poucos dias das festas de fim de ano, o secretário pede cautela e reforço nas medidas de contenção. “É importante ter distanciamento. Não tem problema você viajar, ir para um hotel, ficar em um quarto e manter o distanciamento, tomar os cuidados necessários. Mas não é o momento adequado de ir para um encontro de família com 150 pessoas”, disse.

Se o contágio permanecer em crescimento, mais localidades mineiras poderão ser afetadas com o fechamento do comércio. Quatro regiões foram obrigadas a regredir para a fase mais restritiva do programa Minas Consciente, que orienta a retomada das atividades econômicas. Sete regiões retornaram para as ondas amarela ou vermelha e apenas três se mantêm na verde.

Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano frisa que a medida é alternativa para reduzir a circulação de pessoas e, consequentemente, a propagação do vírus. “É uma proteção ao indivíduo para não se infectar e para dar um alívio no sistema de saúde”.

SAIBA MAIS
Até ontem, conforme o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral, a ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com pacientes de Covid-19 era de 65%. De enfermaria, 68%.

Em Montes Claros, a ocupação em leitos clínicos do SUS ontem chegava a 84%, índice considerado de alerta e a apenas seis pontos percentuais do considerado limite de segurança (90%). Já os leitos de UTI do SUS apresentavam ocupação em 69%.
 
Um dos principais motivos para a cautela neste momento é a identificação de uma alta de 27% no índice de contaminação da Covid-19 na última semana. Por causa desse quadro, as macrorregiões Centro, Centro-Sul, Norte e Oeste saem da onda verde e retornam para a onda amarela. 
 
Além delas, as macrorregiões Sudeste, Sul e Vale do Aço permanecem na onda amarela, estágio no qual são permitidos serviços como academias, salões de beleza, clubes, além do consumo em bares e restaurantes.
 
Na onda vermelha, com autorização apenas para o funcionamento de serviços essenciais, foram incluídas as macrorregiões Jequitinhonha, Leste do Sul e Nordeste, e manutenção da macrorregião Leste.

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