(Tania Rego/AGENCIA BRASIL)
Suspensas desde março, em razão da pandemia, por estarem no rol dos procedimentos de saúde não considerados urgentes, que podem ser agendados, as cirurgias eletivas serão liberadas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
À época da interrupção, foi informado que as cirurgias poderiam contribuir para o aumento na ocupação dos leitos, prejudicando o atendimento às vítimas da Covid-19, além do risco de infecção com o vírus e da falta de insumos para atender a todos os pacientes.
O retorno das cirurgias, conforme explicou o secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral, será autorizado porque a pandemia está com tendência clara de estabilização de casos no Estado.
Um protocolo com as deliberações está sendo finalizado. Na próxima quarta-feira (7), o documento será analisado pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes Minas Covid-19) e pelo Comitê Extraordinário Covid-19.
De acordo com a SES, todas as diretrizes estão sendo discutidas em conjunto com o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG). A previsão é a de que o aval para autorização das cirurgias eletivas seja publicado na quinta-feira (8), no Diário Oficial.
“É preciso uma garantia de que, caso haja um aumento de casos no Estado ou em alguma região, aquelas instituições hospitalares tenham condições de manter o atendimento sem o desabastecimento (de insumos)”, explicou o gestor.
Na edição de ontem, O NORTE mostrou que prefeitos da região se mobilizaram para pedir a liberação das cirurgias eletivas. Há uma demanda represada de 30 mil procedimentos somente no semiárido mineiro. Uma espera difícil para quem convive com incômodos, dores e sofrimento.
CONTAMINADOS
Minas chegou, nesta sexta-feira (2), ao patamar de 302.082 contaminados pela Covid-19. O índice foi atingido depois que o Estado confirmou, nas últimas 24 horas, 3.475 casos da doença.
Do total de infectados desde o início da pandemia, em março deste ano, 7.502 vítimas não resistiram e morreram. Entre quinta e sexta-feira, 66 óbitos foram atestados.
O levantamento divulgado pela SES revela ainda que 847 dos 853 municípios mineiros registraram ao menos uma notificação da enfermidade.
Ou seja, apenas seis cidades seguem “imunes” ao vírus. Até o momento, óbitos foram confirmados em 603 localidades. Belo Horizonte é a mais afetada, com 41.389 casos e 1.270 vidas perdidas.