Paulo Brandão
Correspondente
BOCAIÚVA - Garantir os direitos dos portadores de necessidades especiais e inseri-los no mercado profissional é um dos objetivos da Adeboc - Associação dos deficientes de Bocaiúva. Fundada em 2002, a Adeboc conta com 157 associados, que se reúnem a cada segundo domingo do mês, no Centro de convívio Adelson de Souza Pires. Nos encontros são discutidas as necessidades de cada deficiente e dadas informações úteis sobre os direitos da pessoa portadora de deficiência, que chegam através de uma cartilha explicativa. Enquanto não é construída a sede própria, a associação atende os seus dependentes provisoriamente no ginásio poliesportivo Waldemar Valle de Menezes, de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas.
CURSO DE SINAIS
Uma das conquistas da Adeboc foi a instalação do curso Libras - Língua brasileira de sinais, em parceira com a Pastoral do surdo de Montes Claros. A carga horária é de três meses e as aulas acontecem na escola estadual Antonico Soares de Sá, todos os sábados, das 17:30 às 20 horas. Graças a esses cursos, 14 deficientes conseguiram ser empregados na V&M Florestal, num dos viveiros da Fazenda Extrema. De acordo com o presidente da Adeboc, Noel Pereira Alves, foi enviada uma relação das pessoas aptas a desenvolver várias funções na Rima Industrial, que pode ser outra empresa a contratar mais associados.
Ainda neste mês está prevista a instalação de um curso de informática para a Adeboc, num convênio firmado com a secretaria municipal de Educação. Só resta a distribuição do quadro de professores e número de alunos a serem inscritos para que se iniciem as aulas.
DESCONTOS
Outro beneficio é a carteirinha de identificação da Adeboc. Com ela, o associado tem direito a descontos em exames laboratoriais, remédios em farmácias, consultas em clínicas médicas e odontológicas e em uma ótica.
O presidente da Adeboc encaminhou a Brasília um requerimento para aquisição de passe-livre, uma lei estadual que dá direito aos portadores de deficiência na gratuidade das passagens de ônibus interestadual.
- Estamos batalhando para conseguir parcerias com empresas e com órgãos públicos, para que possamos prosseguir com os nossos projetos. Como deficiente, sinto que nossos direitos estão sendo respeitados, mas temos muita coisa a ser conquistada - explica Noel Pereira.