Ômicron faz Minas ter novo pico da pandemia de Covid

Em MOC, casos também dispararam, e ritmo de contaminação recua ao patamar de 6 meses atrás

Da Redação
O NORTE
25/01/2022 às 00:21.
Atualizado em 26/01/2022 às 00:13
 (freepik)

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Janeiro já é o mês com mais contaminados pelo coronavírus em Minas. O recorde do pico de casos foi no sábado (22), devido à disparada de infecções provocadas pela variante Ômicron. Mesmo defendido por alguns especialistas, um recuo nas flexibilizações não está na pauta de governo do Estado. 

Em Montes Claros, as confirmações da doença deram um salto de dezembro para cá. No dia 30 daquele mês, segundo o boletim da prefeitura, eram 45.004 confirmações desde o início da pandemia. Até ontem, conforme o boletim da prefeitura, o total chegou a 47.456, uma diferença de 2.452 casos em 24 dias – foram 467 só de sábado para segunda. 

Há seis meses a cidade não registrava mais de 2 mil casos em um só mês. Em julho de 2021, foram 2.519 confirmações. 

A alta de casos se reflete também na lotação dos hospitais. O último boletim epidemio-lógico municipal a trazer o dado é de 19 de janeiro e aponta 96 pessoas internadas em decorrência da Covid em Montes Claros. Em 30 de dezembro, era menos da metade: 45. Desde a primeira quinzena de agosto a cidade não registrava um número absoluto de leitos ocupados semelhante. 

Em Minas, dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) indicam março de 2021 com o mês com mais doentes desde o início da pandemia. Foram 245 mil testes positivos. Porém, apenas nos 24 dias de 2022 já são 290 mil. Desde terça-feira passada, são 20 mil novos casos registrados a cada 24 horas.

O infectologista Estevão Urbano confirma que o potencial de contaminação da cepa Ômicron provoca a pior onda de Covid no território mineiro.

“O que está salvando é a vacinação. Felizmente, a variante chegou em um momento em que as pessoas estão imunizadas, mas isso não minimiza o problema, que é crítico. Mostra que o coronavírus está longe de se tornar uma endemia”, disse. 

Diante de mais ameaças, as restrições nas cidades mineiras devem ser reavaliadas constantemente, segundo o infectologista Leandro Curi. 

O especialista lembrou que a população também não tem contribuído, ignorando as medidas de proteção. “O isolamento social não existe, o controle rigoroso dentro de ambientes também não. Associado a isso, temos as festas de fim de ano, viagens. Todo mundo relaxou”, lembrou.

A SES informou que uma nova reunião, no âmbito do programa Minas Consciente, que trata da flexibilização das atividades no Estado, deverá ser realizada na próxima quinta-feira, quando os indicadores serão novamente avaliados pelo Centro de Operações Emergenciais em Saúde (COES).

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