(MANOEL FREITAS)
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) já começou as ações do Programa Água Doce (PAD), iniciativa que prevê a instalação de dessalinizadores em 69 localidades rurais do semiárido mineiro, com a finalidade de tornar a água própria ao consumo humano e a usos diversos, beneficiando diretamente cerca de 30 mil pessoas na região. Dos municípios que receberão o programa, 56 ficam no Norte de Minas.
O objetivo do PAD é levar água potável às comunidades rurais afetadas pela seca nos últimos dois anos. Para isso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) transformará água imprópria para consumo humano em potável – a dessalinização prevê processos químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água, tecnologia bastante utilizada em regiões onde a água doce é escassa ou de difícil acesso.
PRIORIDADES
De acordo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que está à frente do projeto, serão priorizadas as localidades em que houver maior necessidade. Todos os municípios listados serão atendidos. Ainda segundo o Igam, senão nesta primeira fase, haverá uma segunda fase, com o recebimento de novos recursos, para que todos sejam contemplados.
Instalação vai ser feita em três fases
Três fases de trabalhos são previstas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam): diagnóstico, implantação e monitoramento. Na primeira etapa, serão levantadas as comunidades que sofrem com a falta d’água, com base em critérios estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a partir de um índice vinculado a questões sociais e econômicas dos municípios.
“O Igam prestará apoio técnico de coordenação das atividades. O diagnóstico será baseado nesses índices, que são muito técnicos e vão permitir priorizar os municípios atendidos, para posteriormente passarmos à fase de contratação e execução das obras propriamente ditas”, afirma a diretora-geral do Igam, Marília Melo. Na segunda etapa, serão feitas intervenções para recuperação de poços e construção de estações de dessalinização de água, de modo a torná-la apta ao consumo humano. A fase final do projeto prevê monitoramento e manutenção das estações, com visitas técnicas sendo realizadas quatro vezes ao ano. O PAD prevê água de qualidade para consumo humano de 400 pessoas por dia, com investimento de R$ 641, por pessoa.
O Igam está à frente da execução do programa, com apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). O governo do Estado participa também com o apoio da Copasa, que figura como interveniente no convênio firmado.