Vazio sanitário do feijão e do algodão começa nesta sexta-feira

Da Redação*
19/09/2019 às 15:05.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:50

Começa nesta sexta-feira (20) o período do vazio sanitário do feijão e do algodão nas lavouras mineiras. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o responsável pela gestão do vazio sanitário, que tem objetivo de prevenir nas plantações a ocorrência das pragas do bicudo do algodoeiro, no caso do algodão, e do mosaico dourado e da mosca-branca, no caso do feijão.

As três pragas podem causar prejuízos econômicos aos produtores. Para este ano, o IMA tem a expectativa de realizar 122 fiscalizações, sendo 45 em propriedades de algodão e 77 nas plantações de feijão. Durante o período do vazio sanitário, os produtores ficam proibidos de cultivar as duas culturas e de manter plantas vivas ou remanescentes de safras anteriores.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, engenheiro agrônomo Nataniel Nogueira, informa que o cumprimento dos vazios sanitários do feijão e do algodão por parte dos produtores rurais tem contribuído para reduzir o número de ocorrências das pragas e aumentar a produtividade do campo.

“O vazio sanitário é importante tanto para a produção quanto para a produtividade, porque as plantas sofrem menos com o ataque das pragas, ou seja, contribui para diminuir a população das pragas e, com isso, as lavouras ficam mais sadias e produtivas”, argumenta.

Ele informa que o número de autos de infração aos produtores rurais tem reduzido, o que mostra a conscientização do trabalhador do campo. “A cada ano percebemos a diminuição no número de emissão de autos de infração. Esse é um indicador de que os produtores rurais estão cumprindo os vazios sanitários, estão mais conscientes e preocupados com a proteção de suas lavouras e de seus vizinhos”, revela Nogueira.

Durante o vazio sanitário, o IMA conta com orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa. O Mapa publica as instruções normativas específicas, que são as normas legais que servem de base para as Unidades da Federação publicarem suas normas internas. 

Já a Embrapa contribui com orientações técnicas que servem para direcionar tomadas de decisão por parte dos órgãos estaduais. “Os fiscais do IMA que executam a atividade são altamente capacitados para esse trabalho. Quando há alguma atualização da legislação, os procedimentos são também atualizados e, imediatamente, repassados aos fiscais de campo”, esclarece.  

O IMA pode autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas de algodão, quando solicitado pelo produtor rural por meio de requerimento e mediante assinatura de Termo de Compromisso e Responsabilidade, em caso de plantio destinado à pesquisa científica ou plantio destinado à produção de semente genética.  

INCONFORMIDADES
Caso sejam detectados quaisquer tipos de inconformidades durante as fiscalizações realizadas pelo IMA, o produtor é notificado e tem um prazo máximo de dez dias para erradicar as plantas presentes na propriedade. A lavratura de auto de infração ocorre somente se, após esse prazo concedido, o produtor não tiver feito a erradicação das plantas voluntárias de algodão e feijão, ou seja, aquelas que nascem espontaneamente nas áreas produtivas e que devem ser eliminadas para não servirem de hospedeiras para as pragas.

A multa aplicada é de 1.500 Ufemgs, o que corresponde a R$ 5.400. O cumprimento do período do vazio traz benefícios para os produtores, com a redução dos ataques das pragas e o aumento de sua renda, já que eles gastarão menos com o uso de produtos químicos.

*Com Agência Minas 

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