Spin é opção em conta com espaço

Monovolume aventureiro da GM é escolha mais barata para quem busca um carro com sete lugares

Marcelo Ramos
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/12/2018 às 06:49.
Atualizado em 28/10/2021 às 04:00
 (MARCELO RAMOS)

(MARCELO RAMOS)

Se você me perguntasse há seis meses se eu compraria uma Spin, diria categoricamente: não. Além de feio e pouco cativante, o monovolume da Chevrolet ainda deixava a desejar em acabamento e conteúdo. No entanto, se a pergunta fosse feita hoje, poderia hesitar em responder, principalmente se fosse um consumidor com família numerosa. Pois não há nenhuma opção de sete lugares abaixo dos R$ 85 mil.

A Spin segue sozinha no segmento de monovolumes. O modelo mais próximo dela é o Honda Fit, mas é bem menor que o Chevrolet. Acima estão opções bem mais caras como Kia Grand Carnival, oferecida por nababescos R$ 275 mil.
 
O CARRO
Testamos a versão aventureira Activ 7, que chegou renovada no meio do ano, junto com a opção citadina. O monovolume passou por uma plástica nas seções frontal e traseira que suavizou o design grotesco, com faróis e grade semelhantes ao do sedã Cobalt (que também melhorou consideravelmente depois da plástica).

A versão se posiciona no topo da linha e conta com um pacote interessante de conteúdos, como transmissão automática de sete marchas, sistema MyLink e serviço de assistência remota OnStar. Mas o diferencial está na terceira fileira de bancos.

Como já foi dito, é a opção mais em conta para quem precisa de bancos extras (R$ 85.790). Outros modelos que permitem maior lotação são utilitários-esportivos como VW Tiguan, Peugeot 5008 e Honda CR-V, com valores que partem dos R$ 150 mil.

Claro que a Spin Activ 7 não se compara a nenhum dos exemplos acima, nos quesitos estilo, acabamento, eficiência e sofisticação. Mas é preciso reconhecer que ela entrega conforto satisfatório para aquele consumidor que não é exigente e, principalmente, que não pode dispor de tanto dinheiro para levar a patota toda para passear.

Chevrolet Spin Activ 7
O que é?

Monovolume compacto, quatro portas e sete lugares.
 
Onde é feito?
Fabricado na unidade de São Caetano do Sul (SP).
 
Quanto custa?
R$ 85.790 (testado)
 
Com quem concorre?
A Spin segue sem concorrentes no segmento de monovolumes de sete lugares. A opção mais próxima é o Citroën Grand C4 Picasso Seduction 1.6 (R$ 131.400)
 
No dia a dia
Porta-se como um automóvel de porte médio no uso cotidiano. A posição de dirigir muito elevada pode causar estranheza num primeiro momento, mas logo se acostuma com a coluna mais reta.
 
A minivan oferece bom espaço para quem ocupa as duas primeiras fileiras. A terceira acomoda dois adultos, mas eles vão apertados. Duas crianças vão bem. No entanto, os dois assentos extras liquidam o espaço do porta-malas, o que o torna ineficaz em deslocamentos em que é preciso levar bagagem.

O pacote de conteúdo da Spin Activ 7 é farto e conta com itens como direção assistida, ar-condicionado, computador de bordo, multimídia (USB, Apple CarPlay, Android Auto, Bluetooth, câmera de ré e aplicativos), trio elétrico (retrovisores, trava e vidros elétricos), serviço OnStar, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina.
 
Motor e transmissão
O motor 1.8 8v de 111 cv e 17,7 mkgf é o mesmo que equipa o Cobalt. Apesar de a oferta de potência não impressionar, ele entrega muito torque em baixa rotação, o que faz do monovolume um carro ágil quando a turma toda está a bordo. A caixa automática de seis marchas casa bem com o motor, garantindo uma condução confortável.
 
Como bebe?
Seu consumo com álcool foi de 10,1 km/l no trajeto combinado entre urbano e rodoviário.
 
Suspensão e freios
A suspensão da Spin Activ 7 recorre ao trivial do mercado, com conjunto independente (McPherson) na frente, e eixo rígido na traseira. Os freios utilizam conjunto de discos na frente e tambor atrás.  
 
A minivan tem um acerto de suspensão que privilegia o conforto. Daí não se deve abusar da sorte, ainda mais por se tratar de um carro com centro de gravidade elevado, o que pode aumentar o efeito de rolagem nas curvas. Para complicar, ele não conta com controle de estabilidade (ESP), o que certamente faria dele um automóvel mais seguro.
 
Pontos positivos
- Cesta de equipamentos
- Espaço interno
- Consumo
 
Pontos negativos
- Ausência do controle de estabilidade (ESP)
- Acabamento pobre

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