(Mauricio Vieira)
A Petrobras anunciou ontem mais um aumento nos preços dos combustíveis para as distribuidoras. A partir desta terça a gasolina ficará 7% mais cara e o diesel sobe 9%. Esse é o segundo reajuste no apenas neste mês. No último dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%.
A estatal explicou que o preço médio de venda da gasolina A para as distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21.
Nas bombas dos postos, essa variação deve impactar em uma alta R$ 0,15 por litro, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada.
Para o diesel A o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, um aumento de R$ 0,28. Nos postos, esse reajuste será de R$ 0,24 por litro, considerando também a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado.
De acordo com uma pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) feita em 4641 revendedoras no Brasil, no Rio Grande do Sul o litro da gasolina é vendido a R$ 7,49, o preço mais alto registrado no país.
Em Minas, o maior preço encontrado foi de R$ 7,09, em Paracatu, Unaí e Viçosa. Já em Belo Horizonte, o valor mais alto encontrado foi de R$ 6,59 (chegando a R$ 6,99 durante o período de greve dos tanqueiros) e a média é de R$ 6,49 pelo litro.
Em nota, a Petrobras informou que “esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.
O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021”.
MUDANÇA
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel será reduzido e não congelado, como chegou a afirmar o governador Romeu Zema (Novo) ontem pela manhã. Publicação no Diário do Executivo traz no texto que o governo reduzirá a alíquota de 15% para 14%, de 1º de novembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022”.
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG), a mudança na alíquota do imposto simboliza uma “redução prática de 6,5% no valor do tributo”, mas salienta que, para que o consumidor perceba o efeito, é necessário que os postos acompanhem a diminuição do tributo cobrado.
Em nota, a secretaria informa que a redução na alíquota do ICMS vai representar uma queda de R$ 29,6 milhões por mês na arrecadação do Estado.
O anúncio da redução do imposto sobre o diesel acontece quatro dias após o início da greve do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG).
O alto valor do ICMS era a principal reclamação dos manifestantes. A paralisação durou pouco mais de 24 horas.