Obsessão leva à perfeição

Pagani Imola enfrentou 16 mil quilômetros de testes em ritmo de corrida

MARCELO JABULAS
@mjabulas
24/02/2020 às 19:07.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:44
 (FOTOS PAGANI)

(FOTOS PAGANI)

Quando vi pela primeira e única vez um Pagani, foi no Salão do Automóvel de 2010. Era um Zonda R, versão mais brutal dos supercarro italiano, que na época quebrou o recorde da pista de Nordschleife (Nurburgring), com 6m47s. Depois disso veio o Huayra, com sua aerodinâmica ativa, como a de um avião. Agora surge o Imola.

Para definir de forma bem calhorda e simplória, o Imola é uma mistura de Huayra com Zonda R. Ele é um supercarro feito para pistas, mas que pode ser utilizado nas ruas, como uma Ferrari F50 ou um Bugatti Chiron. 

Excêntrico, apenas cinco unidades do Imola serão fabricadas. E se o amigo ficou curioso pelo nome do bólido, a razão é simples. Presta homenagem ao autódromo onde ele foi afinado como se fosse um violino Stradivarius. A diferença é que ele rodou 16 mil quilômetros, em ritmo de corrida, até a Pagani se certificar de que ele estava pronto. 
 
O CORPO 
A carroceria do Imola remete ao Zonda R pelo uso de coletor do tipo snorkel, uma imensa asa traseira, mas incrementa com adoção de um barbatana central. 

Do Huayra, carro que lhe serviu de base, ele mantém as aletas dianteiras, que ajudam o carro a domar o vento nas curvas, acelerações e frenagens.
 
CHASSI
Um carro dessa magnitude geralmente não é leve. O motor pesa muito, ainda mais quando se trata de V12. Sua estrutura exige reforços para manter a célula de sobrevivência intacta em caso de acidentes. Tudo isso faz o carro pesar muito e, consequentemente, ter a performance prejudicada.

Para chegar aos 1.246 quilos, ele conta com monocoque fabricado com os compostos Carbo-Titanium HP62 G2 e Carbo-Triax HP62, que segundo a marca garantem menor peso e um nível extremamente elevado de rigidez a torção e flexão. Estas são características fundamentais para garantir o máximo de dirigibilidade do carro, que acelera a velocidades elevadas e com um volume de torque abissal.

Se não bastasse, a Pagani ainda desenvolveu um novo sistema de pintura batizado de Acquarello Light, que promete reduzir em cinco quilos o peso da tinta, sem prejudicar a intensidade de pintura e o brilho do bólido.

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