Lançado há 10 anos, 'Red Dead Redemption' colocou o gênero Western no alto da prateleira dos games

Lançado há exatos dez anos, “Red Dead Redemption” colocou o gênero Western no alto da prateleira do mercado de videogames

Marcelo Jabulas
@mjabulas
05/06/2020 às 09:24.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:41
 (Divulgação)

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Os filmes do gênero Western tiveram seus dias de glória nos anos 1960. Nomes como Clint Eastwood, Lee Van Cliff, John Wayne, Charles Bronson, Gary Cooper e até Steve McQueen carregaram suas carreiras na sela de um cavalo. Mas os “bangue-bangues” deram lugar aos filmes policiais e de guerra. Hoje, o Western se tornou um segmento de nicho, com poucas, mas notáveis produções. 

No mundo dos games, o estilo nunca teve grande clamor popular. Franquias como “Gun Smoke”, “Sunset Riders”, “Mad Dog McGree”, “Desperados”, “Gun” e “Call of Juarez” mantiveram o estilo vivo entre os anos 1980 e 2000. No entanto, foi em 2010 que a sorte dos pistoleiros mudou. Foi quando a Rockstar Games publicou “Red Dead Redemption”, para PS3 e Xbox 360.

O game chegou ao mercado na segunda quinzena de maio daquele ano. Era uma espécie de “GTA” a cavalo. O jogador assumia o papel de John Marston, um pistoleiro que se viu obrigado a trabalhar em conjunto com os U.S. Marshalls, uma vez que a família estava sob custódia forçada dos federais. 

O game é sequência do shooter “Red Dead Revolver” de 2004, quando Marston era um jovem que viu sua família morta por pistoleiros e resolveu se vingar do mundo.

O sucesso de “RDR” foi imediato. Com um mapa gigantesco, diálogos impagáveis e excelente jogabilidade, o game transportava o jogador para uma trama que se passa numa região fictícia do Oeste dos Estados Unidos, com direito a regiões montanhosas, pantanosas e, claro, muitos desertos.
 
CAMPANHA
Como todo Action RPG de mundo aberto, o jogador tinha sua campanha principal, que era dar cabo em sua antiga gangue de pistoleiros. No entanto, diversas outras missões paralelas surgiam à medida que a história se desenrolava. O game também trazia jogos de azar, como carteados e outras distrações, que ampliavam a imersão do jogador na história. Além disso, o game ainda trazia um modo on-line, com diferentes desafios.

Ambientado no ano de 1911, o jogo incluía tecnologias como pistolas automáticas e até mesmo metralhadoras rotativas. Mas, na prática, a sobrevivência se dava com uma Colt na cintura e uma Winchester a tiracolo. 

O jogador tinha diferentes armas à disposição, cada uma com suas peculiaridades, e ainda contava com faca e laço. Isso mesmo! Muitas vezes era preciso levar o inimigo vivo e tinha que ser amarrado.
 
VISUAL
“Red Dead Redemption” foi desenvolvido com o motor gráfico RAGE, abreviação para Rockstar Advanced Game Engine, lançado em 2006, e que ajudou a franquia “GTA” a deixar os gráficos poligonais no passado. Com visual muito superior à “Grand Theft Auto IV”, de 2008, o game impressionou pelo acabamento, efeitos de luz, sombras, névoa, assim como fumaça e água. 

O detalhamento dos personagens também evoluiu, com uso de peles texturizadas, trajes que balançavam ao vento e demais caprichos que eram impensáveis em antigos games de mundo aberto como “GTA San Andreas” e “Scarface”. 

Tudo isso fez com que o game recebesse notas elevadas em diferentes publicações. No Metacritic, indexador de notas de artigos e também jogadores, o game teve avaliação de 95 pontos. Ele recebeu diversas premiações como “Jogo do Ano” e cerca de 15 milhões de cópias vendidas. 

Se hoje Arthur Morgan é galã de “Red Dead Redemption 2”, muito se deve às agruras de John Marston.


 

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