Jeep Renegade ‘pé de boi’ agrada pelo conteúdo

Versão de entrada do utilitário-esportivo parte de R$ 78.490, mas peca pelo consumo elevado

Marcelo Ramos
29/12/2018 às 07:41.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:48
 (MARCELO RAMOS)

(MARCELO RAMOS)

O Renegade está no mercado desde 2015. Nesse período testamos todas as versões Sport, Limited, Longitude e Trailkhawlk. Mas é a primeira vez que guiamos a versão Sport manual, opção de entrada do jipinho, com preço sugerido de R$ 78.450.

Sejamos francos, a Jeep nunca fez muita questão de expor o que o Renegade manual tem de bom. Aliás, o consumidor também não tem muito interesse.

Existe um consenso que esse tipo de automóvel precisa ser automático. Mas com novos rivais chegando para disputar o segmento, todas as formas de conquistar o consumidor são bem-vindas, até mesmo com a opção mais despojada do catálogo.

O mercado decidiu isso. No Brasil, SUVs são modelos de luxo e uma caixa manual geralmente é um item que pesa na hora da escolha. Mas essas versões existem para compor a base do portfólio.

É o preço de entrada, aquele que o consumidor grava na mente. Na hora da compra, certamente pagará bem mais caro por uma opção mais qualificada.
 
O CARRO
O Renegade manual oferece um pacote inicial de conteúdo farto. Direção elétrica, computador de bordo, volante e banco com regulagens de altura, vidros, travas e retrovisores elétricos, ar-condicionado, multimídia de cinco polegadas (com USB e Câmera de ré), rodas de liga leve aro 16, luz diurna, controle de estabilidade, controle de tração, ESP para reboque, assistente de partida em rampa e freio de estacionamento eletrônico.

Ele pode receber opcionais como bancos em couro e multimídia com conexão Apple CarPlay e Android Auto. No entanto, o preço pula para R$ 87 mil. Daí é melhor partir da versão automática que começa em R$ 83,5 mil.

Mas no geral, o Renegade “Pé de Boi” passa despercebido. Nas ruas, o jipinho segue sendo cortejado e quando se descobre que a caixa é manual, a sensação é de surpresa.

Seja como for, a FCA sabe que a concorrência está ficando ainda mais acirrada, a ponto de perder o pudor e colocar sua versão mais simples na vitrine.

 Jeep Renegade Sport 1.8 (manual)
O que é?

Utilitário-esportivo (SUV) compacto de cinco lugares.
 
Onde é feito?
Produzido na unidade de Goiana (PE).
 
Quanto custa?
Entrada: R$ 78.490
Testado: R$ 80.020
Completo: R$ 87 mil
 
Com quem concorre?
O Renegade manual se posiciona na base do segmento e concorre com o Ford EcoSport SE 1.5 (R$ 79.250), Hyundai Creta 1.6 (R$ 77.890), Nissan Kicks S (R$ 73.990) e Renault Duster Expression 1.6 (R$ 74.490)
 
No dia a dia
É um jipinho confortável e com bom nível de acabamento. Os bancos em tecido roubam um pouco do refinamento de que se espera de um SUV. O módulo multimídia peca por não oferecer GPS integrado e nem conexão CarPlay e Android Auto. Sejamos sinceros, nos dias de hoje, Waze na tela central é vida.
 
Apesar de o espaço interno ser limitado, oferece bom nível de conforto para quatro adultos. O senão fica por conta do porta-malas, que segue pequeno, mesmo com o anúncio da marca de ter ampliado seu volume com a adição de estepe temporário.  
 
No uso cotidiano, ele resolve muito bem, mas quando se embarca a família para uma viagem, é preciso selecionar a bagagem com critério.
 
Motor e transmissão
O motor E-torq de 139 cv 19,7 mkgf de torque atende bem ao jipinho. Sua boa oferta de torque em baixa garante força em arrancadas em ladeiras. No entanto, está longe de ser referência em eficiência e muitos consumidores se queixam do consumo elevado do motor, muito em função do peso, que beira 1,5 tonelada.
 
Por outro lado, a transmissão manual do Renegade é a velha caixa Fiat de cinco marchas. Mas parece que os engenheiros de Goiana capricharam nas buchas do trambulador que não é tão bamba como nos italianos. Ela dá ao motorista a possibilidade de trabalhar melhor as marchas longas e poupar combustível.
 
Como bebe?
O consumo no percurso combinado entre urbano e rodoviário foi de 10,1 km/l com gasolina.
 
Suspensão e freios
O Renegade conta com suspensão independente nas quatro rodas, mas com acerto para uso urbano, o que privilegia o conforto.
 
Para facilitar as frenagens, o SUV vem equipado com freios a disco nas quatro rodas, além de controle de partida em rampa (Hill Holder) e freio de estacionamento eletrônico.
 
Pontos positivos
Estilo
Robustez
Controles de tração e estabilidade (ESP)
 
Pontos negativos
Consumo
Porta-malas
Multimídia sem GPS ou conexão para smartphone

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