O Ministério do Desenvolvimento Social vai iniciar neste mês um estudo para avaliar a possibilidade de o governo federal reduzir a meta de atendimento a famílias pobres pelo Bolsa-Família em 2006.
A meta inicial do ministério é atender cerca de 11 milhões de famílias até dezembro, o que vai consumir quase R$ 9 bilhões de reais pela previsão orçamentária. Esse número, porém, poderá mudar devido ao resultado da última Pnad - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
De acordo com esta pesquisa, o número de domicílios sem renda caiu de 716 mil para 585 mil de 2003 para 2004. Outro indicador de redução da pobreza foi o aumento de 3,3% do número de empregos em relação a 2003, acréscimo de quase 3 milhões de trabalhadores ocupados.
Quando o governo criou o Bolsa-Família, foram usados dados da Pnad de 2002 para traçar sua meta até o final do mandato. Previu atingir a todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 100 mensais.
Em 2005, a estimativa do governo é de que tenham sido atendidas 8 milhões e 700 famílias. O benefício varia de R$ 15 a R$ 95 por família, de acordo com a faixa de pobreza e o número de crianças.
O processo de atualização do cadastro do Bolsa-Família, que termina em fevereiro, vai trazer não só dados cadastrais de cada integrante familiar, como informação sobre condições de moradia, habitação e grau de escolaridade.