A disputa presidencial tem gerado discussões calorosas e bloqueios de amizades em redes sociais, mas nada se compara ao eterno Atlético e Cruzeiro entre “Fifa” e “PES”. As duas franquias de futebol disputam a preferência dos gamers e também buscam alternativas para manter fiéis seus seguidores, que defendem o jogo favorito com veemência em ferocidade que fazem os bate-bocas políticos parecerem um pausado diálogo entre monges beneditinos. E depois de um mês do lançamento de “PES 2019”, chegou a hora de “Fifa 19” fazer sua estreia.

O game da EA Sports chega com um pesado suporte de marketing, que se apoia na popularidade de Cristiano Ronaldo, dono da capa do jogo. A arte que tinha sido revelada antes da Copa do Mundo da Rússia, com o gajo vestindo o uniforme do Real Madrid, precisou ser substituída pela indumentária da Juventus. Depois do mundial, CR7 passou a defender as cores da “Velha Senhora”.

Outro aparato para fazer frente ao concorrente foi o contrato com a Uefa para reproduzir a Liga dos Campeões, que até 2017 era uma exclusividade da série da Konami.

GAMEPLAY
Se o gajo está na capa, pouco importa. Afinal, é como o game evoluiu em termos de jogabilidade, física e inteligência artificial que influencia diretamente na experiência de jogo.

O que se pode perceber num primeiro momento é que “Fifa 19” está mais amigável. A seta nos pés do jogador, indicando a direção de um possível chute, facilita os inexperientes a se orientarem.

Outro recurso, que veio de edições passadas, é a sugestão de comandos, que aparece acima do atleta e mostra o que cada botão faz. Assim, na hora de chutar para o gol, o risco de dar um passe curto é nulo. Ele aponta até mesmo aqueles movimentos especiais com os gatilhos superiores, que só os “piolhos” de “Fifa” sabem a hora certa de usar.

Depois que o gamer ficar bem treinado, pode remover a ferramenta que, apesar de útil, polui a visão.
 
VISUAL
Graficamente o game é bem feito. As animações de abertura das partidas são impecáveis. Porém, nos replays do jogo é possível ver imperfeições que não existem em “PES 2019”. Nesse quesito, o game da Konami dá um banho no da EA Sports.

Mas são elementos que não comprometem. “Fifa 19” é ótimo de jogar, a física é bem ajustada e a IA dos adversários e demais companheiros de clube é bem precisa. O atleta não tem a sensação de estar jogando com um robô tapado. A máquina tenta a todo tempo antecipar as ações e matar os lances.  
 
LARANJAS
No entanto, isso também é pouco relevante, pois quem joga “Fifa” ou “PES” para valer não entra em campo contra o videogame, mas contra jogadores de carne e osso. Sujeitos que se dedicam a pegar todos os macetes para fazer carreira nas ligas on-line do jogo.

Aos iniciados, porém, todos esses novos recursos são boas ferramentas num processo de aprendizado. Afinal, é melhor “chupar laranja” com o computador do que com ninguém.

Disponível para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One, com preços a partir de R$ 200.

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