Feijão danado de ‘bão’

Qualidade do produto coloca Minas como segundo maior produtor

Da Redação*
O Norte Montes Claros
17/02/2020 às 09:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:39
 (EPAMIG/DIVULGAÇÃO)

(EPAMIG/DIVULGAÇÃO)

Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do Brasil, com produtividade média superior a 1.500 kg/hectare (dados de 2017). Uma das justificativas para a performance do Estado vem do empenho de parceiros interessados em ampliar a qualidade das lavouras e do produto.

Em destaque, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), juntamente com a Embrapa Arroz e Feijão e a Universidade Federal de Lavras (Ufla), entidades que têm trabalhado com o melhoramento do feijoeiro para lançar variedades adaptadas às condições regionais.
“As pesquisas trazem maior qualidade nutricional ao produto e permitem que as plantas sejam resistentes a doenças. Também realizamos um conjunto de medidas para minimizar o uso de agrotóxicos”, conta o diretor técnico da Epamig, Trazilbo de Paula.

Presente nos clássicos da gastronomia mineira, nos principais pratos do dia a dia e na deliciosa mistura com arroz, o feijão (Phaseolus vulgaris L.) é uma excelente fonte de fibras e proteínas vegetais.

Os grãos da leguminosa possuem ferro, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, ácido fólico e carboidratos. O consumo favorece o combate ao diabetes e previne o câncer colorretal, entre outros benefícios para a saúde.
 
LAVOURAS 
Em campo, especialistas lembram que o produtor precisa estar sempre atento às condições climáticas. Altas e baixas temperaturas podem ocasionar o abortamento de flores, vagens e grãos, com consequente queda de rendimento, redução ou atraso da germinação e do desenvolvimento das plantas. 

Em Minas e em toda região central brasileira, há pelo menos quatro épocas distintas de semeadura em função das condições climáticas.
Outra medida importante para o sucesso da safra é a utilização de cultivares de feijão recomendadas. Algumas são recomendadas para Minas, sendo as do grupo carioca as mais cultivadas.

No momento de escolha do cultivar, é necessário que seja levado em conta o tipo de grão que melhor se adapta à região, a época de plantio, a expectativa de preço na data da colheita e as características de cada cultivar.

O livro “101 Culturas”, o manual de tecnologias agrícolas da Epamig, reúne algumas das variedades de feijões e suas exigências de plantio. Confira alguns tipos que podem gostar do clima norte-mineiro.
 
FEIJÃO-AZUKI
É utilizado em mingaus e sopas, em vários tipos de bolos e doces, e misturado com arroz. Ainda pouco conhecido no Brasil, é cultural subtropical e não tolera geada e baixas temperaturas. Além disso, a variedade suporta chuvas pesadas, mas não solo encharcado.
 
FEIJÃO-CAUPI
A espécie também é conhecida por feijão-macassar, feijão-de-corda, feijão-gurutuba, feijão-da-colônia, feijão-de-praia, feijão-miúdo e feijão-fradinho. O Brasil é o quarto produtor mundial e também grande consumidor.

Em Minas, a variedade é mais cultivada e consumida no Norte do Estado. Tolera temperaturas elevadas, no entanto, temperaturas muito altas durante o florescimento causam mais abortamento de flores.
 
FEIJÃO-MUNGO-VERDE
A produção de feijão-mungo-verde ainda é pequena no Brasil, mas a tendência é crescente. A temperatura ótima para seu desenvolvimento é de 28 a 30 graus, e tolera médias de 35 graus.
 
FEIJÃO-VAGEM
É conhecido em diversas regiões brasileiras. A colheita se dá quando as vagens ainda estão verdes. É cultura de ampla adaptação climática e tem boa produção dentro da faixa de 18º a 30º C, intolerante ao frio e a geadas.
*Com Agência Minas


 

1,5 mil quilos de feijão por hectare são produzidos no país, segundo dados de 2017
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